Baixa liquidez e queda do dólar pressionam e milho fecha terça-feira caindo na B3
A terça-feira (30) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro contabilizando movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT).
De acordo com a análise da Agrinvest, os futuros de cereais operaram em leve queda nesta terça-feira com o foco do mercado virado para as movimentações no Leste Europeu.
“A Ucrânia segue no radar como um importante player do mercado global tanto no trigo quanto no milho, o que mantém o cereal sensível às notícias sobre as negociações de paz com a Rússia. A expectativa de um eventual acordo tende a reduzir prêmios de risco logístico no Mar Negro, aumentando a competitividade da oferta”, explicam os analistas da consultoria.
“Ainda assim, o mercado segue cauteloso diante do cenário geopolítico incerto. O ritmo lento de negócios reflete mais o calendário do que uma mudança de fundamentos”, acrescenta a Agrinvest.
O vencimento março/26 foi cotado a US$ 4,40 com perda de 1,75 ponto, o maio/26 valeu US$ 4,48 com baixa de 2,25 pontos, o julho/26 foi negociado por US$ 4,54 com desvalorização de 2,50 pontos e o setembro/26 teve valor de US$ 4,49 com queda de 2,50 pontos.
Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última segunda-feira (29), de 0,40% para o março/26, de 0,50% para o maio/26, de 0,55% para o julho/26 e de 0,55% para o setembro/26.
Mercado Interno
Na Bolsa Brasileira (B3), as movimentações desta terça-feira também foram ligeiramente negativas para os preços futuros do milho.
Os futuros de milho acompanharam a forte queda do dólar ante ao real registrada no dia de hoje em uma sessão marcada pela liquidez reduzida típica da véspera do feriado de Ano Novo.
“No físico, o comércio segue bem lento, mas o consumo é um fato. Dia após dia, a indústria vai queimando estoque. Na região de Campinas/SP há percepção de que os compradores podem ficar mais ativos no começo do ano, e isso pode se juntar à vontade do produtor em vender milho”, apontam os analistas da Agrinvest.
“Um mercado mais equalizado logo no início do ano seria uma possibilidade, mas parece que isso ainda está distante”, acrescenta a consultoria.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
O vencimento janeiro/26 foi cotado a R$ 70,24 com estabilidade, o março/26 valeu R$ 74,30 com queda de 0,16%, o maio/26 foi negociado por R$ 73,68 com baixa de 0,19% e o julho/26 teve valor de R$ 70,58 com perda de 0,47%.