Situação da Espanha volta a derrubar bolsas no Brasil e EUA na última semana

Publicado em 16/04/2012 07:34 e atualizado em 16/04/2012 10:59
Em mais uma semana com os investidores preocupados com a economia da Espanha e da China, os mercados acionários do Brasil e dos Estados Unidos encerraram o período acumulando perdas.

No caso específico da China, os investidores seguem atentos aos dados locais. A inflação em alta, aliada a queda nas importações e PIB com resultado pior do que o esperado dão o sinal que a economia chinesa já não tem o mesmo apetite para crescer.

Cenário Externo 
 
Nos EUA, destaque começaram apenas terça-feira, para os estoques do atacado, que subiram 0,9% em fevereiro, superando as expectativas do mercado. Além disso, as vendas do segmento tiveram alta de 1,2% no período. Os dados foram divulgados pelo Departamento de Comércio do país.
Em fevereiro, a relação entre vendas e estoque permaneceu inalterada em 1,17 mês. Em janeiro, os estoques tiveram alta de 0,6%, enquanto as vendas ficaram estáveis.

Na quarta-feira, destaque para os preços dos produtos importados pelos EUA, que dispararam 1,3% em março, principalmente em função dos custos altos do petróleo, informou o Departamento de Trabalho do país. Em fevereiro, o dado foi revisado para queda de 0,1%, contra projeção anterior de 0,4%.

Na parte da tarde, foi divulgado que o orçamento do tesouro norte-americano registrou em março déficit de US$ 198 bilhões, de informou o Departamento de Tesouro do país. O resultado veio pior do que o esperado, de -US$ 188,7 bi. Em fevereiro, o saldo negativo ficou em US$ 231,7 bilhões.

A economia dos EUA em março seguiu em um ritmo de crescimento de modesto para moderado, de acordo com informações do Livro Bege. O documento que descreve a atividade economia nos distritos do Federal Reserve foi divulgado nesta tarde.

A expressão "modesto para moderado" foi também utilizado nas duas últimas edições do Livro Bege. Todos os 12 distritos mostraram melhoras, com Cleveland e St. Louis em ritmo moderado e Kansas City em ritmo rápido.

O número de americanos que entrou com pedidos de auxílio-desemprego na última semana aumentou em 13 mil para um total de 380 mil, este o é maior nível desde o fim de janeiro. Os dados foram divulgados pelo Departamento de Trabalho do país. Grande parte do aumento do indicador está relacionada com o início das férias da primavera. Neste período, motoristas de ônibus escolares e trabalhadores de cafeteria estão autorizados a pedir o benefício.

O déficit comercial dos Estados Unidos apresentou queda para US $ 46 bilhões em fevereiro, ante US$ 52,5 bilhões em janeiro, o que representa uma queda de 12,4%. É a maior queda desde maio de 2009. Os dados são do Departamento de Comércio.

O Departamento de Trabalho dos Estados Unidos informou na quinta-feira que a inflação ao produtor americano encerrou março estável, sendo que o mercado estimava uma alta de 0,3% para o período. Já o núcleo do indicador, que desconsidera os gastos com energia e alimentos, apresentou no período alta de 0,3%, contra expectativa dos investidores de 0,2%.

A inflação ao consumidor norte-americano registrou alta de 0,3% em março, informou nesta sexta-feira o Departamento de Trabalho do país. O resultado veio dentro do esperado. Já o núcleo do indicador, que exclui os preços de energia e alimentos, subiu 0,2%, também de acordo com as expectativas dos analistas.

Com isso, o Dow Jones acumulou na semana perdas de 1,6% aos 12.849,7 pontos, enquanto o S&P 500 recuou em cinco dias 2,0% aos 1.370,26 pontos.
Fonte: Agência Enfoque

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Campos Neto diz que desinflação na China não é relevante para Brasil
Wall Street fecha em alta em meio à expectativa sobre reunião do Fed
Dólar fecha dia estável ante real com mercado à espera de dados e Fed
Wall Street fecha em alta em meio a expectativa com reunião de política monetária do Fed
Dólar à vista fecha em queda de 0,03%, a R$5,1152 na venda