Zelenskiy vai conversar com Trump sobre fim da guerra na Ucrânia no domingo

Publicado em 26/12/2025 16:58 e atualizado em 26/12/2025 17:31

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Por Yuliia Dysa

Kiev, 26 Dez (Reuters) - O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, vai discutir no domingo questões territoriais -- principal obstáculo nas negociações para encerrar a guerra -- com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enquanto um plano de paz de 20 pontos e um acordo de garantia de segurança estão quase concluídos.

Ao anunciar a reunião, Zelenskiy disse que "muita coisa pode ser decidida antes do Ano Novo", uma vez que Washington se esforça para acabar com a guerra da Rússia na Ucrânia, conflito mais mortal da Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

"Quanto às questões sensíveis: Discutiremos Donbas e a usina nuclear de Zaporizhzhia. Certamente discutiremos outras questões também", disse o ucraniano a jornalistas em um bate-papo no WhatsApp.

Mais tarde, a Axios citou declaração de Zelenskiy segundo a qual ele espera chegar a um acordo sobre um plano de paz com Trump durante a reunião e estaria disposto a levar essa lista de pontos a um referendo na Ucrânia caso a Rússia concorde com um cessar-fogo.

Moscou quer que a Ucrânia se retire de trechos da região oriental de Donetsk que as tropas russas não conseguiram ocupar durante quase quatro anos de guerra. A Rússia busca o controle total de Donbas, que compreende as regiões de Donetsk e Luhansk. Kiev quer que os combates sejam interrompidos nas linhas de batalha atuais.

Em busca de um acordo, os EUA propuseram uma zona econômica livre se a Ucrânia deixar a área. A proposta não fornece detalhes sobre como a zona funcionaria.

As questões territoriais continuam sendo um obstáculo para o avanço das negociações. Quaisquer compromissos sobre o território devem ser decididos pelo povo ucraniano em um possível referendo, defende Zelenskiy.

A usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, está localizada na linha de frente e é controlada pelas forças russas.

(Reportagem de Yuliia Dysa, em Kiev, e Dmitry Antonov, em Moscou; reportagem adicional de Trevor Hunnicutt, em Palm Beach, e Simon Lewis, em Washington)

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Fonte:
Reuters

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