Paralisação nacional contra o governo da Colômbia completa 15 dias

Publicado em 30/08/2013 11:46 e atualizado em 02/09/2013 14:45

Paralisação nacional contra o governo da Colômbia completa 15 dias

Uma paralisação nacional segue na Colômbia desde o dia 19 de agosto. Nela participam as principais organizações camponesas, mineiros, trabalhadores da saúde e da educação e tem o apoio das centrais sindicais. As reivindicações têm um ponto comum: a recusa da política neoliberal do governo e a rejeição do tratado de livre comércio com os EUA. O presidente Juan Manuel Santos responde com repressão, com a militarização de Bogotá, enquanto anuncia um futuro “pacto nacional agrário”.

Os setores participantes na paralisação nacional na Colômbia têm apresentado as suas reivindicações ao governo e às autoridades das diversas regiões, nas negociações. No movimento destaca-se a Marcha Patriótica, que tem o site marchapatriotica.org, página no Facebook e presença no flickr. Segundo o jornal colombiano La República, o denominador comum das reivindicações é “a recusa à política neoliberal consagrada no Plano de Desenvolvimento e, em particular, o Tratado de Livre Comércio com os EUA [em vigor desde 15 de maio de 2012], que provoca a importação massiva de alimentos e a deterioração da produção agrária”.

Leia a íntegra no Correio do Estado

Colômbia: protestos de produtores se espalham e polícia enfrenta manifestantes

A polícia colombiana lançou gás lacrimogêneo em manifestantes em Bogotá. Os protestos que começaram a ser realizados por produtores e por caminhoneiros ganharam a participação de estudantes e outros grupos, de acordo com informações da Bloomberg. 

Produtores e pecuaristas estão protestando e bloqueando estradas no país desde 19 de agosto, contra as políticas de comercialização do presidente Juan Manuel Santos. Um acordo de livre comércio entre a Colômbia e os Estados Unidos entrou em vigor no ano passado. Os produtores foram acompanhados por caminhoneiros enfurecidos com os altos custos do combustível.

O presidente afirmou que a Colômbia está passando por uma “tempestade” e acrescentou que o governo irá controlar os preços dos defensivos agrícolas e fertilizantes para ajudar os produtores. Autoridades oficiais estão se encontrando com produtores hoje, na cidade de Tunja, na província de Boyaca, para tentar chegar a um acordo e acabar com os protestos. 

Os preços da batata em Bogotá subiram 65% desde que os protestos começaram, de acordo com a agência nacional de estatística. Os preços de outras frutas e vegetais também subiram. O Banco de Bogotá subiu sua previsão de inflação em agosto de 0,07% para 0,14% em resposta aos protestos. 

Os alimentos tiveram uma alta de 28% no índice de preços ao consumidor do país. As manifestações devem coibir o crescimento econômico do terceiro trimestre, por terem atingido a confiança do consumidor, de acordo com Camilo Perez, economista chefe do Banco de Bogotá. 


Rodovias são bloqueadas por manifestantes que protestam contra política agrícola. Fonte: Reuters. 

Efeitos dos protestos
Escolas públicas foram fechadas na capital e algumas linhas de ônibus pararam de operar. O exército foi chamado para manter a ordem na cidade Bolivar, distrito do sul de Bogotá, onde autoridades impuseram o toque de recolher, em resposta ao que chamaram de vandalismo.


Policiais imobilizam manifestante durante protesto. Fonte: G1.

Fonte: Noticias UOL

Fonte: Publico.pt


Com informações do site Bloomberg.com.

Tradução: Fernanda Bellei        

Por: Notícias Agrícolas
Fonte: Bloomberg, Reuters e G1.

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