Impacto da Lava Jato no PIB pode passar de R$ 140 bilhões, diz estudo

Publicado em 11/08/2015 09:04
Os impactos diretos e indiretos da Operação Lava Jato na economia podem tirar R$ 142,6 bilhões da economia brasileira em 2015, o equivalente a uma retração de 2,5% do PIB (Produto Interno Bruto), segundo estudo da consultoria GO Associados antecipado ao G1.
 
Em abril, a consultoria estimava um impacto em R$ 87 bilhões. Recentemente, elevou a sua projeção para R$ 187,2 bilhões (o equivalente a 3,4% do PIB). Agora, o montante foi revisado para baixo, tomando como base o novo plano de negócios da Petrobras, que reduziu em 37% o volume de investimentos previstos entre 2015 e 2019, para US$ 130,3 bilhões.

“O impacto será um pouco menor, mas ainda muito significativo. No último cálculo consideramos uma redução de 42% nos investimentos da Petrobras”, explica Gesner Oliveira, professor da Fundação Getúlio Vargas e sócio da consultoria GO Associados, que distribui um relatório executivo semanal para assinantes e autoridades.

Na semana passada, o  ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou que é “evidente” que a Lava Jato tem impacto econômico, citando estudos de consultorias que apontam diminuição do Produto Interno Bruto (PIB) entre 1 a 3,5 pontos porcentuais.
 
Metodologia do cálculo
O cálculo da GO Associados procura estimar os efeitos derivados da Lava Jato na redução dos investimentos da Petrobras e do setor de construção de obras públicas, contabilizando as perdas no valor bruto da produção, nos empregos, nos salários e na geração de impostos.
 
A metodologia considera os efeitos do corte de gastos da petroleira sobre a cadeia de fornecedores, além de uma retração nos investimentos de empresas líderes do setor da construção civil que estão sob investigação, estimada em 30%.
O estudo estima uma queda de R$ 22,4 bilhões na massa salarial em 2015, uma diminuição de R$ 9,4 bilhões em arrecadação de impostos e uma perda de até 1,9 milhão de empregos.
 
“Infelizmente, o grosso das demissões ainda não ocorreu. Mas não acredito que no final do ano a gente tenha 2 milhões de empregos a menos no país. Há outros setores que vão expandir, apesar de todos os problemas”, avalia Oliveira.

Leia a notícia na íntegra no site G1.

Fonte: G1

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