A partir desta terça-feira, gasolina aumenta 8,1% e diesel fica 9,5% mais caro
Após cortar os preços dos combustíveis nas refinarias nos últimos dois meses, a Petrobrás anunciou nesta segunda-feira, 5, que decidiu aumentar o valor da gasolina e do diesel, conforme sua nova política de preços.
A partir desta terça-feira, 6, a gasolina sobe 8,1% e o diesel ficará 9,5% mais caro, na média. O impacto, caso os custos sejam repassados integralmente ao consumidor final, pode resultar em um aumento de R$ 0,12 por litro, no caso da gasolina, e de R$ 0,17 por litro, no caso do diesel.
Em nota, a estatal explicou que as variáveis que determinaram a revisão foram o aumento nos preços do petróleo e seus derivados e a recente desvalorização do câmbio. "Por outro lado, a participação da Petrobrás no mercado interno de diesel registrou pequenos sinais de recuperação", diz a nota.
Na FOLHA: Preços são livres e dependem da politica de cada posto
A Petrobras calcula que, se o repasse às bombas for integral, o diesel pode subir 5,5%, ou cerca de R$ 0,17 por litro, e a gasolina pode subir 3,4%, ou R$ 0,12 por litro. A empresa frisou, porém, que os preços dos combustíveis são livres e dependem da política comercial de distribuidoras e postos.
O reajuste desta segunda foi feito antes mesmo que o repasse dos cortes promovidos nos dois últimos meses chegasse integralmente às bombas.
No dia 14 de outubro, a gasolina caiu 2,7% e o diesel, 3,2%. Em 8 de novembro, os preços foram reduzidos em 3,1% e 10,4%, respectivamente.
De acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), porém, desde o primeiro corte, a gasolina nas bombas caiu apenas 0,03%. O repasse acumulado ao preço do diesel foi de 0,9%.
Os dados da ANP indicam que o segmento de distribuição de combustíveis foi quem mais segurou os preços no período.
A Petrobras informou que os reajustes refletem a alta do petróleo e a desvalorização do real.
"Por outro lado, a participação da Petrobras no mercado interno de diesel registrou pequenos sinais de recuperação", disse a empresa, em nota.
A nova política de preços da estatal prevê reuniões mensais de um grupo de executivos para avaliar os preços com base nas cotações internacionais, no câmbio e nas vendas da empresa no mercado interno. O grupo se reuniu na tarde desta segunda.
Na semana passada, analistas ouvidos pela Folha já previam a possibilidade de aumento em dezembro.
"A Petrobras reafirma sua política de revisão de preços pelos menos uma vez a cada 30 dias, o que lhe dá a flexibilidade necessária para lidar com variáveis cuja volatilidade vem aumentando recentemente", concluiu a companhia.