Alguém se arrependeu de ter tirado Dilma do Poder??

Publicado em 09/06/2018 18:39
"A falsa narrativa dos paneleiros arrependidos", por Roger Scar, publicado pelo Instituto Liberal

Juliana Dal Piva, jornalista da Época e também da Agência Lupa, publicou um artigo no qual traz a falsa narrativa dos “paneleiros arrependidos”. Segundo ela, aqueles que bateram panelas e pediram o impeachment de Dilma agora estão desolados pela escolha que fizeram. Em em seu texto, afirmou exatamente o seguinte:

Surgem agora, em meio aos problemas de abastecimento provocados pela paralisação dos caminhoneiros, os primeiros “paneleiros” arrependidos de terem protestado pela queda de Dilma e colaborado para a ascensão de Temer.

Logo em seguida ela cita o caso de um suposto servidor público que se enquadra perfeitamente em sua narrativa. Aliás, neste trecho, há uma mistura de poesia com o exagero comum em uma mentira muito desconectada da realidade. Vale a pena conferir o que ela nos diz:

O servidor público Mário Rodrigues Magalhães, de 33 anos, mirava o nada durante o início da tarde da terça-feira 29 de maio. Sentado em um dos bancos do Largo da Carioca, entre a praça do metrô e o caminho que leva ao edifício do BNDES, no centro do Rio de Janeiro, vestia camisa social listrada, calça social e sapatos de couro, ambos pretos. Com os braços cruzados, ele se disse angustiado desde o fim da semana. “Esse clima de pânico geral, não tem como não se abalar.”

Não parece provável que Mário estivesse mesmo “mirando o nada”, desolado na praça, e tenha simplesmente dito isso. Conforme mostrou minha recente entrevista ao jornalista Diego Toledo, do UOL, é mais do que corriqueiro que os entrevistadores editem suas matérias mostrando apenas a parte que lhes interessa. Não seria diferente neste caso, é óbvio.

De qualquer forma a narrativa não se sustenta nos fatos.

Há, sim, um número significativo de pessoas que não querem Temer no poder. É fato, também, que seu governo é impopular e que a crise institucional iniciada no governo Dilma não parece estar perto do fim. E não está. Só que nenhum destes fatos serve para mostrar que haja, de algum modo, o dito arrependimento. Quem realmente disse, até agora, se arrepender de ter tirado Dilma do poder e querer colocá-la de volta? Só o Mário, que afirma categoricamente na matéria, isso segundo Dal Piva.

Será que este é o sentimento comum?

Vamos presumir que a índole da jornalista e de seu entrevistado seja algo inquestionável, e assim assumiremos aqui que o que foi publicado é verdadeiro e que é assim mesmo que Mário se sente. Presumido isso, como exatamente eu poderia saber se esta sensação é a mesma para todo o resto? Será que todos aqueles que bateram panelas contra a Dilma concordam com Mário? Será que eles também acham que tirar Dilma foi um erro e que ela deveria ter ficado?

Improvável.

A realidade é que apesar da atual insatisfação com o governo, as pessoas também não estavam satisfeitas com Dilma. Se não fosse este o caso talvez ela até tivesse ficado no poder. Além disso, é verdade também e todos sabem que Temer e Dilma são peças de um mesmo problema. Não é mero acaso que ele tenha sido vice dela, também não é acaso que ambos tenham sido eleitos exatamente pelas mesmas pessoas. Quem votou em Dilma votou também em Temer. Quem apoiou o projeto de poder petista apoiou, ainda que indiretamente, o projeto de poder do PMDB.

Se há hoje quem esteja insatisfeito com o atual governo, é duvidoso pensar que estas mesmas pessoas acreditem no retorno de Dilma ou em sua permanência como solução. Na realidade isso chega até a ser inacreditável.

Porém, verdade seja dita, Dal Piva não foi a primeira e nem será a última a forçar a barra com esse discurso. A narrativa mentirosa dos “paneleiros arrependidos” já vem sendo difundida há meses e continuará sendo difundida ainda por um bom tempo. A jornalista da Época, que também é da Agência Lupa e “investiga” notícias dos sites alheios, certamente deixou o seu viés ideológico tomar conta. Eu não a culpo, isso faz parte da essência humana. Seria apenas mais conveniente que ela nos esclarecesse exatamente que viés é esse.

Sobre o autor: Roger Scar é analista político e escreve para o Jornalivre.

O que é pior que Lula lançar sua candidatura?

É Dilma Rousseff lançar a candidatura de Lula com uma máscara do presidiário.

O registro foi feito no evento do PT, em Belo Horizonte, pelo fotógrafo Douglas Magno da AFP e reproduzido pela Folha.

 

Até as ‘tomadas’ de Abreu e Lima foram superfaturadas

A Lava Jato denunciou três executivos da empresa Alusa Engenharia Ltda, dois operadores financeiros e, ainda, gerente da Petrobras, por fraude no contrato para construção da Casa de Força da Refinaria Abreu e Lima.

Os empresários Cesar Luiz de Godoy Pereira, José Lázaro Alves Rodrigues e Mário Costa Andrade Neto pagaram R$ 9,6 milhões (1% do valor do contrato original de R$ 966,1 milhões) em propina para que ex-gerentes da Petrobras, entre eles Glauco Colepicolo Legatti, beneficiassem a empresa na licitação.

Ciro e Bolsonaro no segundo turno (O Antagonista)

Pesquisas internas de bancos mostram que, se a eleição fosse hoje, Jair Bolsonaro e Ciro Gomes iriam para o segundo turno, publica o Correio Braziliense.

Na disputa final, Bolsonaro venceria a disputa.

Os levantamentos são para consumo interno e não estão registrados no TSE.

O ‘pacto de não-agressão’ de Lula

Lula autorizou um “pacto de não-agressão” a Ciro Gomes, publica a Folha.

A orientação é que Ciro seja tratado por petistas como “alguém do mesmo campo político”.

Se eleito, Bolsonaro cortará ministérios pela metade e defenderá Estado menor, diz coordenador (na REUTERS)

Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - O pré-candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, cortará pela metade o número de ministérios e defenderá uma diminuição do Estado se eleito em outubro, afirmou o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), um dos coordenadores da campanha do postulante ao Palácio do Planalto à Reuters.

Segundo Onyx, Bolsonaro já tomou a decisão de reduzir dos atuais 29 para 15 os ministérios na Esplanada. O coordenador, entretanto, não quis informar quais pastas seriam cortadas no novo organograma, se o deputado do PSL for eleito.

Esses detalhes vão constar do programa de governo de Bolsonaro que, conforme o coordenador, está sendo elaborado por Onyx, o economista Paulo Guedes e uma equipe grande de acadêmicos e funcionários públicos. O programa de governo vai ser divulgado, segundo ele, na última semana de julho.

Onyx disse que também haverá um corte "muito intenso" nos cargos em comissão do governo federal. "O governo vai ser muito enxuto. O nosso conceito é buscar a eficiência", disse o coordenador. "O governo vai diminuir para que as pessoas possam avançar", reforçou.

O coordenador reafirmou a posição de Bolsonaro --apresentada em sabatina na quarta-feira no jornal Correio Braziliense-- de não elevar a carga tributária. "Antes de ser presidente, ele disse que não vai aumentar impostos. Vai sim é buscar a redução", disse.

 

BASE PARLAMENTAR

Segundo Onyx, Bolsonaro --líder das pesquisas de intenção de voto nos cenários sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso-- conta atualmente com uma base de 63 deputados de várias legendas. O coordenador disse que os apoiadores vão chegar a 100 até o fim de julho.

Ele confirmou que tem organizado encontros e participado de reuniões com parlamentares de outros partidos em apoio ao pré-candidato do PSL.

O senador Magno Malta (PR-ES) é um dos que tem participado desses encontros. Malta afirmou à Reuters que Bolsonaro convidou-o para ser vice na chapa presidencial, mas ele disse que ainda não se decidiu.

"Minha vida está nas mãos de Deus e não digo que dessa água eu não bebo", disse ele, evangélico que no momento disse que trabalha para se reeleger ao Senado.

Malta avalia que, se virar vice de Bolsonaro, a bancada do PR poderá até dobrar de tamanho na Câmara --atualmente ela conta com 41 deputados.

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou esta semana o arquivamento do inquérito contra Onyx sob suspeita de ter cometido crime de caixa 2 nas eleições de 2006 com base na delação do ex-executivo da Odebrecht Alexandrino de Alencar.

A acusação feita pelo delator era que Onyx teria recebido 175 mil reais naquela campanha, operação essa que teria sido registrada no sistema paralelo de contabilidade da Odebrecht.

BOLSONARO ACERTA AO SE INSPIRAR EM TRUMP PARA QUESTÕES TRIBUTÁRIAS

Pré-candidato do PSL à Presidência, o deputado federal Jair Bolsonaro (RJ) afirmou, em sabatina do jornal “Correio Braziliense”, que é natural a desconfiança do mercado sobre sua candidatura, mas prometeu que não fará imposto sobre grandes fortunas e nem sobre heranças. Ele disse que é possível reduzir a carga tributária fazendo entrar “dinheiro novo” no Brasil. E que se inspira no modelo executado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que reduziu o imposto de renda para empresas.

“Essas medidas de tributar mais, tentar tirar de quem está produzindo a duras penas… Se depender de mim, ninguém mais vai ser tributado, muito pelo contrário”, disse Bolsonaro, que lidera todas as pesquisas de intenção de voto nos cenários em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, hoje preso em Curitiba, é excluído.

Bolsonaro afirmou que sua reforma tributária já está pronta, mas só será divulgada no momento adequado. “Minha reforma será das piores porque vai ser verdadeira”, disse.

Sobre a entrada de dinheiro novo no Brasil, Bolsonaro afirmou que isso ocorreria com a exploração de recursos minerais, estímulo ao turismo aumento e com a desregulamentação do país para incentivar a economia.

Bolsonaro falou que em vez de programas como “meu primeiro emprego”, seria interessante ter um programa como “minha primeira empresa”, para todos sentirem o que é ser empresário no Brasil. Colocar-se no lugar dos que criam riquezas e empresas seria um grande avanço para o país.

Sobre privatizações, Bolsonaro novamente saiu pela tangente, alegando que ainda precisa estudar mais, saber quem vai financiar o setor rural e a que taxas se venderem o Banco do Brasil, afirmou que a Petrobras é considerada por ele “estratégica”, e disse que o BNDES não pode mais ficar emprestando para os amigos no país e ditaduras comunistas no exterior.

Vejam na íntegra a entrevista:

Rodrigo Constantino

Fonte: Gazeta do Povo/Reuters

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