Petrobras vende refinaria de Pasadena à Chevron por US$ 350 mi, metade do preço pago por Dilma

Publicado em 31/01/2019 08:12
A Petrobras anunciou que venderá a refinaria de Pasadena à Chevron. Por metade do preço da compra, que foi de 1,2 bilhão de dólares, o pior negócio do mundo. (O Antagonista)

HOUSTON (Reuters) - A estatal Petrobras fechou a venda de sua refinaria de Pasadena, no Texas, à norte-americana Chevron Corp por 350 milhões de dólares, disseram as companhias na quarta-feira, confirmando reportagem da Reuters mais cedo na semana.

Além da refinaria, com capacidade de 110 mil barris por dia (bpd), a Chevron ficará com um complexo de 188,5 hectares no canal de navegação de Houston que inclui tanques de estocagem com capacidade para 5,1 milhões de barris de petróleo e produtos refinados, assim como 143 acres adicionais em terrenos, disse a Chevron.

A Chevron, que teve um aumento de 150 mil bpd na produção de petróleo "shale" no terceiro trimestre, disse que fechou a compra do ativo na Costa do Golfo para lidar com esse petróleo e abastecer melhor sua rede de postos de gasolina. A refinaria de Pasadena produz principalmente gasolina e derivados como diesel.

"A expansão de nossos sistemas de refino na Costa do Golfo permite à Chevron processar mais petróleo leve doméstico, abastecer uma porção de nosso mercado de varejo no Texas e Lousiana com produtos da Chevron e obter sinergias por meio da coordenação com nossa refinaria em Pascagoula", disse em nota o vice-presidente executivo da Chevron Downstream e Químicos, Pierre Breber.

O negócio envolve a subsidiária da Petrobras que opera a refinaria, Pasadena Refining System Inc, e a que detém as demais propriedades, PRSI Trading.

Uma vez aprovada pelos reguladores, a aquisição fará de Pasadena a segunda refinaria operada pela Chevron na Costa do Golfo e sua única no Texas.

“A primeira privatização do governo Bolsonaro”

A nova diretoria da Petrobras celebra a venda de Pasadena, “símbolo da corrupção do lulopetismo”.

A celebração é ainda maior porque se trata da primeira privatização do governo Bolsonaro.

Na Folha: Petrobras vende refinaria de Pasadena à americana Chevron por cerca de R$ 2 bilhões

A Petrobras confirmou nesta quarta (30) a venda da polêmica refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, para a americana Chevron. 

O negócio foi fechado por US$ 562 milhões (cerca de R$ 2 bilhões, na cotação atual), cerca de metade do valor desembolsado pela estatal para ter a unidade em um processo investigado pela Operação Lava Jato.

Localizada nos arredores de Houston, a capital do Texas, a refinaria é vista pela Chevron como uma alternativa para expandir sua capacidade para refinar petróleo produzido em reservas não convencionais nos Estados Unidos e atender sua rede de postos de gasolina na região.

A operação faz parte do plano de desinvestimentos da Petrobras e foi aprovada pelo conselho de administração da estatal nesta quarta, quase um ano após a oferta do ativo ao mercado.

Segundo a companhia, do valor total, US$ 350 milhões (R$ 1,3 bilhão) correspondem ao valor da unidade e o restante, a capital de giro. O valor final da operação ainda está sujeito a atualização do capital de giro, que foi calculado com base no montante disponível em outubro de 2018, informou a Petrobras em comunicado ao mercado.

A refinaria foi comprada em 2006 sob o argumento de que a Petrobras precisava de um ponto de entrada no mercado americano de combustíveis. 

Leia a notícia na íntegra no site da Folha de S. Paulo.

Lava Jato investiga propina de R$22 mi em contratos da Transpetro com Estre; 3 mandados de prisão 

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A força-tarefa da operação Lava Jato deflagrou nova fase da operação, nesta quinta-feira, para cumprir três mandados de prisão como parte de investigação sobre contratos suspeitos da Transpetro, subsidiária da Petrobras, com o Grupo Estre que envolvem pagamentos de propina de ao menos 22 milhões de reais, informou o Ministério Público Federal do Paraná.

De acordo com o MPF, há suspeitas de irregularidades em 36 contratos fechados pela Transpetro com o Grupo Estre para serviços na área ambiental, reabilitação de dutos e construção naval que totalizam mais de 682 milhões de reais entre 2008 e 2017.

A Justiça Federal do Paraná expediu 3 mandados de prisão temporária e 15 mandados de busca e apreensão a serem cumpridos em São Paulo contra suspeitos de envolvimento no esquema, que foi revelado pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado em acordo de delação firmado com o MPF.

Entre os alvos dos mandados de prisão está Wilson Quintella Filho, acionista e ex-presidente de empresas do Grupo Estre, informaram as autoridades. Em nota, a Estre Ambiental informou que vem colaborando com a operação e permanecerá à disposição das autoridades competentes para prestar todos os esclarecimentos necessários e colaborar com as investigações.

Segundo o MPF, além dos 22 milhões de reais já identificados como pagamento de propina no âmbito do esquema, a atuação criminosa de Quintella e seu grupo possivelmente alcançou outras áreas, inclusive do sistema Petrobras.

"O colaborador (Machado) revelou que ajustou com Wilson Quintella o pagamento de propinas de pelo menos 1 por cento dos contratos firmados pelo Grupo Estre (Estre Ambiental, Pollydutos e Estaleiro Rio Tietê) com a estatal", disse o MPF em comunicado.

Segundo os procuradores, os depoimentos de Machado "encontraram corroboração em oitivas de testemunhas e em ampla prova documental".

Procurada, a Petrobras não se manifestou de imediato. A empresa afirma, sempre que citada na operação Lava Jato, que coopera com as investigações e tem sido reconhecida pelas autoridades como vítima dos malfeitos descobertos pelas investigações.

Fonte: Reuters + Folha de S. Paulo

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