Indústria da China contrai a ritmo mais lento em maio com alívio de restrições, mostra PMI do Caixin

Publicado em 01/06/2022 08:05 e atualizado em 01/06/2022 08:48

A contração da atividade industrial da China foi menos acentuada em maio diante do alívio nas restrições contra a Covid-19 e a retomada de parte da produção, mostrou uma pesquisa do setor privado nesta quarta-feira, melhorando ante mínima de 26 meses em abril.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Caixin/Markit subiu para 48,1 em maio de 46,0 no mês anterior, e ficou ligeiramente acima da expectativa em pesquisa da Reuters de 48,0.

A contração de maio foi a segunda mais acentuada desde fevereiro de 2020, o que sugere que a recuperação continua frágil. A marca de 50 separa o crescimento da contração numa base mensal.

As empresas pesquisadas associaram a queda de produção ao impacto das restrições persistentes relacionadas à pandemia nas operações e à demanda moderada dos clientes.

Um subíndice para novos pedidos caiu pelo terceiro mês consecutivo em maio, mas a um ritmo mais lento. O índice para novos pedidos de exportação também encolheu menos, mas permaneceu em contração pelo décimo mês consecutivo.

Algumas empresas atribuíram a fraqueza dos pedidos à pandemia, ao aumento das dificuldades no envio de itens, assim como à guerra entre Rússia e Ucrânia.

A pesquisa privada, focada mais em pequenas empresas e regiões costeiras, ficou em linha com o PMI oficial de indústria divulgado na terça-feira, que subiu de 47,4 em abril para 49,6.

Dada a flexibilização dos lockdowns em algumas regiões onde os casos de Covid caíram e a reabertura em fases das atividades comerciais em Xangai, a maioria dos subíndices do PMI do Caixin caiu menos acentuadamente.

Entretanto, "ao contrário da maioria dos outros indicadores, a medida de emprego caiu ainda mais em território negativo em maio", disse Wang Zhe, economista sênior do Caixin Insight Group, em uma declaração acompanhando a divulgação dos dados, pois os empregadores estavam relutantes em contratar mais funcionários.

"Os efeitos negativos da última onda de surtos domésticos podem superar os de 2020". É necessário que as autoridades prestem atenção ao emprego e à logística", disse Wang.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Mercado vê Selic a 12,25% em 2026, mostra Focus
Minério de ferro amplia ganhos com oferta restrita da BHP e produção mais firme de ferro-gusa
Confiança do consumidor do Brasil atinge em dezembro nível mais alto em um ano, mostra FGV
China mantém taxas de juros de referência para empréstimos pelo sétimo mês consecutivo
Consumidores do Reino Unido sentem impacto dos aumentos de impostos com desaceleração da economia
Ações da China e Hong Kong avançam com sinais de entrada de dinheiro e porto de Hainan