Bolsas de NY fecham em baixa sob efeito de dívida de Dubai
Em um pregão encurtado devido ao feriado de Ação de Graças, as Bolsas americanas fecharam em baixa, influenciados pela moratória da dívida da Dubai World, o braço de investimentos do emirado de Dubai (Emirados Árabes Unidos).
O Dow Jones Industrial Average --principal indicador da Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês)-- teve recuo de 1,48%, para 10.309,92 pontos, enquanto o ampliado S&P 500 caiu 1,72%, para 1.091,49 unidades. Na Bolsa tecnológica Nasdaq, o indicador Nasdaq Composite recuou 1,73%, para 2.138,44 pontos.
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O movimento no mercado financeiro americano foi baixo, sob o efeito do feriado de Ação de Graças na quinta-feira e pelo fato de o pregão ter tido apenas metade do horário normal.
Sem indicadores macroeconômicos divulgados hoje, os investidores se voltaram para os problemas de Dubai. As dívidas da Dubai World totalizam U$ 59 bilhões; o adiamento solicitado deixa o pagamento para maio de 2010. O pedido de prazo também se aplica para as dívidas da Nakheel, uma companhia do setor imobiliário e subsidiária da Dubai World.
Logo após o anúncio, a agência de classificação de risco Moody's baixou a nota de seis importantes companhias do governo de Dubai. A agência Standard and Poor's também reduziu a classificação de cinco companhias do emirado.
Ontem o presidente do Comitê fiscal supremo, xeque Ahmed ben Said al Maktum, disse que o pedido de moratória é necessário para "encarar o fardo da dívida". "Entendemos as preocupações do mercado e dos credores (...) Entretanto, tivemos que intervir devido à necessidade de empreender uma ação decisiva para encarar o fardo da dívida", afirmou.
Analistas dizem que os investidores se questionam agora se os problemas em Dubai podem colocar em risco o avanço visto nos mercados financeiros registrados desde março, mas avaliam que, se a turbulência passar sem grandes choques, isso será visto como sinal de confiança na força da recuperação econômica.