Aversão ao risco cai e derruba dólar para R$ 1,592

Publicado em 29/08/2011 17:35
Conforme melhora o apetite por risco dos investidores em âmbito mundial, cai a demanda por moeda americana. Foi exatamente essa a dinâmica nesta segunda-feira.

Por aqui, o dólar comercial encerrou com baixa de 0,80%, a R$ 1,592 na venda. O giro estimado para o interbancário somou US$ 1,8 bilhão.

Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar pronto recuou 0,68%, para R$ 1,59,18. O volume negociado no dia somou US$ 32 milhões, contra US$ 53,5 milhões na sexta-feira.

Também na BM&F, o dólar para setembro operava com baixa de 0,74%, a R$ 1,592, antes do ajuste final. Chamou atenção dos agentes o baixo volume negociado, até às 16 horas nem 200 mil contratos foram transacionados. Na semana passada essa marca era atingida por volta das 13 horas.

No câmbio externo, o Dollar Index, que mede o desempenho da divisa americana ante uma cesta de moedas, recuperou perdas e ronda a estabilidade a 73,70 pontos. O euro passou o dia com leve alta, defendendo a linha de US$ 1,45.

A movimentação mais expressiva ficou, mesmo, com as moedas emergentes. O rand sul-africano, o dólar canadense e o dólar australiano subiram com consistência ante o dólar.

Como o real, essas também são moedas de commodities. O preço das matérias-primas subiu bem nesse contexto de menor aversão ao risco. O barril de petróleo do tipo WTI ganhou 2,2%, para US$ 87,57. E o índice de matérias-primas CRB avançava 0,76%.

O dia foi de firme alta também nas bolsas de valores. Desde a sexta-feira ,a percepção do mercado melhorou conforme prevaleceu o entendimento de que ao não anunciar novas medidas de estímulo, o Federal Reserve (Fed), banco central americano, passa a mensagem de que a situação nos Estados Unidos não é tão desesperadora, como os mercados vinham precificando desde o começo de agosto.

Captando também essa melhor de sentimento do dia, o VIX, que mede a volatilidade das opções na bolsa americana e é visto com um termômetro do medo do mercado, caía 9,41%, a 32,24 pontos.

De volta ao front local, chama atenção a pouca movimentação dos agentes no mercado de dólar futuro. As apostas de bancos e estrangeiros continuam concentradas em cupom cambial (DDI – juro em dólar).

Atenção à movimentação dos agentes nos próximos dias conforme o mês chega ao fim e é necessário decidir entre rolar posições ou deixá-las “morrer” pela taxa Ptax do fim do mês.

Na sexta-feira, os bancos apresentaram estoque comprado (que ganha com a alta do dólar) de US$ 10,64 bilhões, sendo US$ 71,7 milhões em dólar e US$ 10,57 bilhões em cupom cambial. Já os estrangeiros tinham posição vendida (que ganha com a queda do dólar) de US$ 15,948 bilhões, sendo US$ 1,34 bilhão em dólar e US$ 14,60 bilhões em cupom cambial.

Fonte: Valor Online

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