Após conflito que terminou com índio morto, clima é tranquilo na fazenda Buriti
O clima é tranquilo na fazenda Buriti, em Sidrolândia, onde o indígena Oziel Gabriel, de 35 anos, foi morto durante adesocupação da propriedade. A reportagem do Campo Grande News encontrou nesta manhã, no trajeto até a propriedade, apenas um pequeno grupo de indígenas andando pela estrada vicinal.
Na noite de ontem, após a saída da Polícia Federal e Polícia Militar, um grupo de indígenas retornou ao local e ateou fogo em um galpão que fica próximo à sede da propriedade, que já havia sido destruída pelos terena.
A PM de Sidrolândia informou que não atendeu nenhuma ocorrência naquela região durante à noite de ontem e na madruga de hoje.
De acordo com o vereador de Sidrolândia, Claudinaldo Cotócio, a maioria dos indígenas está concentrada na aldeia Córrego do Meio, onde ocorre o velório de Oziel. O corpo de indígena será enterrado ainda hoje na aldeia.
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Depois de prestar depoimento à PF, índios são liberados na madrugada
Os quinze índios detidos ontem após o confronto na reintegração da fazenda Buriti já foram liberados. Algemado, o grupo chegou ontem à noite à superintendência da PF (Polícia Federal) em Campo Grande, prestou depoimento e foi solto às 2h30 desta sexta-feira.
Eles foram detidos por desobediência. Outros três adolescentes terenas foram levados para a delegacia de Sidrolândia, município onde fica localizada a propriedade rural.
Ontem, equipes da PF (Polícia Federal) e Cigcoe (Companhia de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) cumpriram a ordem judicial de reintegração de posse. Os índios resistiram e se instalou o conflito. Do lado dos terenas, uma morte e quatro feridos. Do lado dos policiais, a PF divulgou que três agentes ficaram feridos.
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PM pede reforço, mas garante que situação está controlada na Buriti
O comandante geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, coronel Carlos Alberto David dos Santos, afirma que a área da fazenda Buriti onde houve confronto entre índios e policiais durante a reintegração de posse já foi desocupada. Segundo ele, um novo reforço da tropa de choque de Dourados foi chamado.
David explica que a situação está controlada, mas o novo reforço foi pedido em razão da revolta dos indígenas com a morte do índio Oziel Gabriel, de 35 anos.
A ação foi comandada pela Polícia Federal e após a resistência e o início da confusão, a Polícia Militar enviou o reforço de duas equipes da Cigcoe (Companhia Indepentende de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais), as forças táticas dos três batalhões de Campo Grande também foram enviadas.
O último pedido de reforço foi feito há cerca de 1 hora para a Polícia de Dourados, que enviou uma equipe da tropa de choque da guarnição. A equipe deve chegar no local por volta das 15 horas.
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Índios falam em “justiça com as próprias mãos” e ameaçam fazendeiro de morte
Pelo tom de voz e ameaças dos índios que acompanham o velório do terena Oziel Gabriel, morto hoje em confronto com a
Polícia, a tensão deve aumentar em Sidrolândia. O grupo despejado na manhã desta quinta-feira da fazenda Buriti fala em “justiça com as próprias mãos” e garante que um policial ou o fazendeiro Ricardo Bacha será morto para pagar pelo “assassinato do guerreiro Oziel”.
O corpo do terena chegou no meio da tarde para velório na aldeia Córrego do Meio. Amigos receberam Oziel como palmas, gritos e muito choro. “Se eu estivesse lá não tinha deixado que isso acontecesse”, lamentava a mãe dele.
Entre os terena, nenhum divulga o nome. Todos pedem para ser identificados apenas como “guerreiros”. O irmão de Oziel é um dos mais exaltados. “Mataram um dos nossos, vai morrer gente de lá”.
A ameaça é reproduzida por vários índios. O cunhado do terena morto é mais específico em relação aos “alvos”. “Ou a gente mata um policial ou o fazendeiro. O Ricardo Bacha vai pagar, vamos vingar a morte”.
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PF diz que índios reagiram com tiros e que três militares ficaram feridos
A Polícia Federal afirma que os índios que ocupam a fazenda Buriti em Sidrolândia reagiram com tiros à ação de reintegração de posse, na manhã desta quinta-feira (30) e que pelo menos três policiais foram feridos.
De acordo com a assessoria de imprensa da PF, novas informações chegam a todo o momento e ainda não se sabe o estado de saúde dos três militares que ficaram feridos. A corporação também não confirma se os policiais foram atingidos por balas, mas diz que a violência partiu dos índios.
A Polícia confirma que houve resistência por parte dos indígenas durante o cumprimento da reintegração de posse que vários tiros foram disparados pelos índios.
Durante a ação, o indígena Oziel Gabriel, de 35 anos, foi morto e outros cinco indígenas ficaram feridos.
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Cinegrafista é ferido por bala de borracha e diz que Polícia chegou atirando
O cinegrafista da TV Morena, filiada da Rede Globo em Mato Grosso do Sul, Osni Miranda, relatou ao Campo Grande News como foram as cinco horas que a equipe ficou presa na Fazenda Buriti em meio ao confronto entre índios Terenas e policiais, durante ação de reintegração de posse. Ele contou que foi ferido por um tiro de bala de borracha que passou de raspão em sua cabeça e garantiu que a força policial já chegou ao local atirando.
A equipe teve acesso à fazenda por volta das 7h30 da manhã de hoje, antes da Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e de Operações Especiais) adentrar o lugar. Toda movimentação foi filmada e a sede estava pegando fogo. Quando Osni e o repórter Osvaldo Nobrega já estavam indo embora a polícia chegou atirando, fazendo com que os profissionais formassem espécie de escudo entre indígenas e polícia.
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Morre índio ferido em confronto com a Polícia, outros três ficaram feridos
Morreu um dos índios feridos na desocupação da fazenda Buriti, realizada hoje em Sidrolândia pela PF (Polícia Federal) e Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais). A informação do óbito foi confirmada pelo hospital beneficente Dona Elmira Silvério Barbosa, para onde foram levados 4 terenas.
A vítima é Oziel Gabriel, 35 anos. Ele era da aldeia Córrego de Meio e estava acampado na fazenda desde o dia 15. Segundo amigos, ele era estudante do Ensino Médio e foi até a área para reforçar a luta pela retomada das terras.
A família de Oziel está no hospital, inclusive a mãe, e diz que o índio foi baleado no peito. Quando o corpo foi colocado no carro da funerária, os índios gritaram palavras de ordem, chamando o terena de "guerreiro".
Os terena foram levados ao hospital em carros de terceiro e caminhonete da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena).
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