CNJ propõe desapropriação de 31 fazendas para resolver conflitos no MS

Publicado em 07/08/2013 14:18 e atualizado em 07/08/2013 16:11

O Comitê Executivo Nacional do Fórum de Assuntos Fundiários, vinculado ao Conselho Nacional de Justiça, propôs como solução para resolver o conflito entre fazendeiros e índios da Reserva Indígena Buriti, a desapropriação dos 15 mil hectares espalhados pelas 31 fazendas localizadas entre Dois Irmãos Buriti e Sidrolândia, reivindicados pelos terena.

A proposta faz parte do relatório que o coordenador do Comitê, Rodrigo Rigamonte, apresentou em reunião do Ministério da Justiça com as conclusões da comissão formada pelo CNJ para estudar soluções para o conflito entre índios e proprietários rurais no Mato Grosso do Sul.

O relatório, entregue ao presidente do CNJ, ministro Joaquim Barbosa, aponta seis instrumentos jurídicos a serem utilizados pela União ou pelo governo estadual na solução dos conflitos: a conclusão definitiva do processo administrativo demarcatório com indenização das benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa-fé; a desapropriação de áreas por interesse social; a aquisição direta de terras; o assentamento de pequenos proprietários rurais; a transação judicial; e a indenização do produtor rural por ato ilícito do Estado decorrente da titulação considerada posteriormente ilegítima.

Leia a notícia na íntegra no site Região News.

No link abaixo, veja a ÍNTEGRA do relatório final da reunião da comissão:

>> CNJ - Relatório dos Trabalhos da ‘Comissão sobre a Questão Indígena em Mato Grosso do Sul’

Produtores serão indenizados e índios ficarão com terras no MS

Após reunião com a vice-governadora do Mato Grosso do Sul, Simone Tebet, o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Eduardo Riedel, representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e indígenas, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que houve acordo com os indígenas. O Governo Federal irá adquirir terras do governo do Mato Grosso do Sul. Os proprietários receberão indenização e índios ficarão com a posse das terras da fazenda Buriti, do produtor Ricardo Bacha, invadida por índios Terenas desde maio. 

Segundo Cardozo, as terras para os guaranis já foram definidas e entrarão em análise para dar a sequência para a solução de conflitos e pacificação da região. O ministro afirma que essa negociação servirá como parâmetro em outros estados, mas ressalta que cada caso é um caso e que eles devem ser estudados tecnicamente.

"Foi iniciada uma nova fase de pactuação. Vejo como o primeiro passo conquistado para pacificar a questão indígena no país", disse Cardozo. "Esta solução é um marco muito importante para que possamos garantir, historicamente, a satisfação dos direitos de todos os envolvidos".

Com informações do Twitter do Ministério da Justiça

Governo vai repassar ao Estado recursos para a compra de áreas em litígio

Informações da Famasul

O Governo Federal vai repassar ao Governo do Estado recursos para compras de propriedades rurais destinadas à ampliação ou criação de novas áreas indígenas em Mato Grosso do Sul. A definição foi apresentada em audiência entre lideranças rurais, indígenas e do governo estadual com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, em Brasília, na manhã desta quarta-feira (07).

Inicialmente serão destinados recursos para compra de áreas na região da Aldeia Buriti, em Sidrolândia, atendendo demandas da etnia Terena, e algumas áreas pleiteadas pelas etnias Guarani. As definições dessa compra emergencial serão anunciadas na próxima terça-feira (13), quando José Eduardo Cardozo eGilberto Carvalho virão novamente ao Estado.

O repasse de recursos ao governo estadual tem objetivo de vencer a etapa burocrática da compra de terras, alternativa aceita como a mais viável para resolver os litígios.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Eduardo Riedel, avalia o resultado da audiência com otimismo, mas com cautela. "Não é a solução pronta e acabada, mas é um caminho que está sendo construído com todos os envolvidos e que tem fundamento", considera.

A audiência foi convocada pelo próprio ministro e, além de Riedel teve participação da vice-governadora, Simone Tebet, do presidente da Comissão de Assuntos Fundiários da Famasul, Christiano Bortolotto, secretários de Estado de Produção e Turismo (Seprotur), Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, e de Justiça e Segurança (Sejusp), Wantuir Jacini, representantes do governo do Estado, lideranças rurais, prefeitos e representantes do Ministério Público Estadual (MPE). 

No Estadão: Governo comprará áreas em litígio com índios em MS

O governo federal decidiu que comprará algumas áreas onde existem conflitos entre indígenas e proprietários rurais em Mato Grosso do Sul. Como a lei só prevê a desapropriação no caso das demarcações de terras indígenas, o governo, em caráter emergencial, repassará recursos para o governo de Mato Grosso do Sul comprar as áreas de litígio. A decisão foi anunciada em reunião realizada nesta quarta-feira entre o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, e outras autoridades e líderes rurais e indígenas do Estado.

Do lado da administração federal, também participaram do encontro o chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e o da Advocacia-Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams. O governo do Estado enviou para o encontro os secretários de Produção e Turismo, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, e de Justiça e Segurança, Wantuir Jacini. Os produtores rurais estavam representados pelos presidentes da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Eduardo Riedel, e da Comissão de Assuntos Fundiários da entidade, Christiano Bortolotto.

Leia a notícia na íntegra no site do Estadão.

No G1: CNJ apresenta propostas em reunião para resolver conflito em MS

O coordenador do Fórum Nacional de Assuntos Fundiários e juiz auxiliar do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Rodrigo Rigamonte, apresentou as propostas do órgão para tentar solucionar o conflito por terras em Mato Grosso do Sul. O relatório, aprovado no fim de julho, foi divulgado antes do início da reunião entre índios e produtores rurais que ocorre nesta quarta-feira (7) em Brasília.
O encontro, que ocorre na sede do Ministério da Justiça, foi articulado pelo governo federal, que criou uma comissão no dia 20 de junho para estudar o assunto. Pelo prazo inicial, as propostas deveriam ter sido apresentadas na segunda (5), mas o grupo pediu adiamento.

Participam da reunião representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e indígenas. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a vice-governadora de Mato Grosso do Sul, Simone Tebet (PMDB), o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Eduardo Riedel, além de procuradores da República, também estão presentes.

Leia a notícia na íntegra no site do G1 MS.

Por: Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas + Famasul

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Indígenas voltam a defender demarcação de territórios em evento na Câmara dos Deputados
Marco Temporal: "Decisão de Gilmar Mendes é mais uma vitória importante" e garante constitucionalidade da lei, afirma Lupion
STF suspende tramitação de todas as ações judiciais sobre Lei do Marco Temporal
FPA se manifesta sobre busca da PGR por derrubada do Marco Temporal das Terras Indígenas
FPA se posiciona sobre decisão do STF em relação às demarcações em Guaíra/PR