Índios invadem sede da CNA na tarde desta quinta (3); veja imagens

Publicado em 03/10/2013 17:16 e atualizado em 04/10/2013 09:50

Cerca de 500 indígenas de diversas etnias invadiram na tarde desta quinta-feira, 03, a sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em Brasília. Segundo assessores da entidade, o grupo arrombou o portão e ocupou as instalações da CNA, que fica próxima à Esplanada dos Ministérios. Desde a terça-feira, 01, indígenas protestam contra a PEC 215, que transfere para o Congresso a palavra final sobre demarcação de reservas. A senadora Katia Abreu, presidente da CNA, tem sido um dos alvos das manifestações. 

Na Folha: Sob críticas da base, Kátia Abreu vai para PMDB

Uma das principais integrantes da bancada ruralista, a senadora Kátia Abreu (TO) se filiou ontem ao PMDB. Ela deixa o PSD, no qual ingressou em 2011 após trocar o DEM pelo partido fundado pelo ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab.

Presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), a senadora migra de sigla com o aval da cúpula do PMDB, mas é alvo de críticas das lideranças estaduais peemedebistas, contrárias ao seu ingresso no partido.

Segundo o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (TO), Kátia Abreu embarca na sigla após um acerto para disputar a reeleição no Senado.

No PSD, por divergências locais, a senadora estava sob ameaça de ter sua candidatura à reeleição comprometida --ela rompeu com o vice-governador João Oliveira, que se aliou ao governador Siqueira Campos (PSDB).

Presidente do PMDB de Tocantins, o deputado Júnior Coimbra disse à Folha que a senadora negociou sua filiação diretamente com a cúpula do partido, especialmente com o vice-presidente Michel Temer, sem ter o apoio da base peemedebista no Estado.

"Ela é muito truculenta, ruim de relacionamento. Não procurou a instância partidária para negociar. Ela vem com o apoio da cúpula, mas sem apoio da maioria da base", afirmou o congressista.

NO ESTADÃO:

Senadora se filia ao PMDB e aproxima Dilma de ruralistas

Kátia Abreu, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, deixa o PSD e se alinha ao Palácio do Planalto

 

Brasília - A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (TO), deixou nesta quinta-feira, 3, o PSD e se filiou ao PMDB. Na decisão da senadora, cada vez mais alinhada à presidente Dilma Rousseff, pesaram a possibilidade de o PSD se distanciar do Palácio do Planalto e desavenças regionais com antigos correligionários.

Veja também:
Recém-criado, PROS já anuncia apoio a Dilma

Ed Ferreira/ Estadão
Senadora muda de partido para ficar na base do governo

 

Em 2014, Kátia Abreu poderá concorrer ao governo do Tocantins ou a mais um mandato no Senado. Nas duas opções, faz questão de ter Dilma em seu palanque. A presidente, por sua vez, cultiva a proximidade com Kátia por entender que ela é um importante canal de aproximação com o setor do agronegócio, tradicionalmente refratário ao petismo.

A senadora já foi recebida algumas vezes em audiências no Palácio do Planalto não como representante do Congresso, mas como presidente da CNA. Nem os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso costumavam receber líderes da entidade. O setor reclama que em governos anteriores, somente a Confederação Nacional da Indústria (CNI) tinha voz ativa no Executivo federal.

É nesse contexto que a ida de Kátia Abreu para o PMDB - partido do vice-presidente da República, Michel Temer, e aliado preferencial do PT em 2014 - representa uma maior proximidade da senadora com Dilma e uma guinada em sua trajetória política.

Proximidade. Kátia Abreu era filiada ao PFL, que depois se transformou no DEM, partido que fez a mais contundente oposição ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2011, foi para o PSD do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab - que é apadrinhado pelo ex-governador paulista, José Serra, do PSDB, opositor da presidente e Dilma. Com a ida para o PMDB, a senadora vai para o lado do governo.

Apesar disso, Kátia Abreu deixa na cúpula do PSD do Tocantins seu filho, o deputado federal Irajá Abreu.

Questionada sobre a mudança tão radical, Kátia Abreu responde que não foi sua ideologia que se transformou, mas o governo que mudou seu modo de agir, dando atenção à CNA e ao setor agropecuário. A opinião crítica sobre o ex-presidente Lula, porém, não mudou.

Mas a filiação da senadora no PMDB causou descontentamento em corrente dos ruralistas que repudiam sua aproximação com o PT.

MST. Por outro lado, petistas mais radicais e ligados a movimentos sociais também criticam a presença de Kátia Abreu no principal aliado do PT, que se forjou com o apoio do Movimento dos Sem Terra (MST).

O próprio movimento também faz sua crítica. Para o coordenador-geral do MST, Alexandre Conceição, "Kátia Abreu representa os interesses do latifúndio atrasado, independentemente do partido dela".

"Essa mudança representa apenas um acerto para a disputa das eleições de 2014. O Brasil precisa de uma Assembleia Constituinte para fazer uma reforma política e acabar com o comércio de partidos", afirma o coordenador. 

Leia a notícia SOBRE A INVASÃO INDIGENA À CNA no site do Estadão

Veja imagens da invasão:

Índios fazem enterro simbólico de ministros e parlamentares em Brasília

Inconformados com projetos de lei que atingem povos indígenas, cerca de 1,5 mil índios de todo o país fizeram um enterro simbólico de parlamentares e ministros no gramado em frente ao Congresso Nacional. Líderes indígenas também entregaram um documento a deputados listando as reivindicações de mais de cem etnias que vieram a Brasília protestar contra propostas que tramitam no parlamento.

Os índios criticam, entre outros projetos, a Proposta de Emenda à Constituição que altera as regras de demarcação de reservas indígenas. Em razão da pressão dos indígenas, o presidente em exercício da Câmara, deputado André Vargas (PT-PR), sinalizou nesta quarta que a tendência é que a PEC 215 seja arquivada. Para registrar a insatisfação com os projetos de lei, os índios decidiram promover um enterro de congressistas da bancada ruralista e integrantes do governo federal que eles consideram inimigos da causa indígena.

Veja a notícia na íntegra no site do G1

Foto: Fabiano Costa/G1

Foto: Fabiano Costa/G1

Índios ocupam prédio da Confederação da Agricultura em Brasília

O movimento indígena, que está em Brasília protestando por terras, ocupa, nesta quinta-feira (3), a sede da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), na capital federal. São aproximadamente 500 indígenas de 70 etinias diferentes.

O grupo teria quebrado a porta principal que dá acesso ao prédio, e ocupam a sede da confederação, que fica na Asa Norte, região central de Brasília. Com arcos, flechas e lanças, os inídios realizam suas danças com cantos tradicionais, como forma de protestar contra propostas que tramitam no Congresso que podem alterar a demarcação de terras indígenas.

Confira a notícia na íntegra no site do R7

Fonte: Estadão + G1 + R7

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