Mais de 5,3 milhões de hectares de áreas produtivas de MT podem se tornar terras indígenas

Publicado em 03/11/2015 09:30

Com o objetivo de intensificar a atuação nas questões indígenas de Mato Grosso, a Comissão de Assuntos Fundiários da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), por meio de uma assessoria jurídica, realizou um levantamento específico com dados da atual situação das demarcações de terras indígenas em todo território mato-grossense. O levantamento, finalizado em 2014, apontou que existe uma pretensão de mais de 5,3 milhões de hectares a serem demarcados no estado, dos quais mais de 3 milhões já foram requeridos junto a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e os processos estão em andamento, atingindo diretamente áreas de produção agropecuária.

A reunião  teve a participação de representantes da Comissão Nacional de Assuntos Fundiários da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O presidente desta comissão, Paulo Ricardo Dias, aprovou o estudo e afirmou que vai sugerir para a CNA que esse levantamento seja realizado nacionalmente.

O presidente do Sistema Famato/Senar Rui Prado falou da importância dos assuntos fundiários para o desenvolvimento econômico de qualquer região do país, em especial Mato Grosso. "Nós temos problemas enormes do ponto de vista fundiário no estado de Mato Grosso, problemas que estão para serem resolvidos há décadas e não foram resolvidos ainda. Para que haja desenvolvimento econômico e social o primeiro passo é ordenar o território. E ordenar é exatamente o que estamos fazendo nesta reunião tratando das questões fundiárias em diversos aspectos", explicou Prado.

Além de tratar dos assuntos indígenas, a reunião abordou temas ligados ao direito de propriedade, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e ocupações de Fronteira. Segundo Dias, esses temas afetam diretamente os produtores rurais brasileiros, principalmente no que diz respeito ao direito de propriedade. "A CNA, junto com a Famato, está em alerta na preservação do direito de propriedade e da segurança jurídica no campo", destacou.

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Fonte: Só Notícias

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