Em Chicago, soja segue operando em queda. Milho e trigo também recuam

Publicado em 19/03/2012 13:36 e atualizado em 19/03/2012 16:14
A sequência de altas registrada pelo mercado internacional da soja está estimulando uma realização de lucros no início desta semana na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa na sessão regular de hoje seguem os passos do pregão noturno e seguem operando em terreno negativo. 

O novo foco dos traders agora são as informações sobre o plantio da safra 2012/13 nos Estados Unidos. No dia 30, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga seus primeiros números oficiais sobre a próxima temporada. 

As perdas provocadas pela seca na América do Sul, principalmente no Brasil e na Argentina, e a maior demanda pela soja dos EUA são dados já precificados pelo mercado, o que faz com que os futuros busquem novidades para voltarem a subir expressivamente. 

Nos útlimos três meses, em função deste cenário, a soja subiu quase 24% em Chicago. Na última semana, o vencimento maio registraram uma alta de 3,21%, passando para US$ 13,80 e marcando o mais alto fechamento em seis meses. 

Assim como a soja, os futuros do milho negociados em Chicago também recuam em função de uma realização de lucros. 

Nas últimas sessões, o cereal também subiu estimulado por expectativas de uma maior demanda pelo produto norte-americano, principalmente por parte da China, que se depara com preços historicamente altos no mercado doméstico. 

Paralelamente, os dados dos embarques semanais de milho dos EUA ficaram aquém do esperado e também acabam  tirando parte da sustentação do mercado. Em relação à semana anterior, o volume embarcado foi bem menor. 

O mesmo acontece no mercado do trigo. Os negócios entre os futuros do grão caminham por um viés negativo, também sentindo o peso da realização de lucros. O trigo, entre os grãos, registra as perdas mais acentuadas, com os primeiros vencimentos atuando com baixas de dois dígitos. Uma previsão de condições climáticas favoráveis no cinturão produtor dos EUA catalisa as quedas. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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