Safra 2012/13: Sem chuvas, plantio da soja segue parado no RS

Publicado em 16/11/2012 18:19
A falta de chuvas no sul do país segue prejudicando o plantio e desenvolvimento da soja. Em Carazinho, semeadura está parada devido à estiagem que já chega há 15 dias. De acordo com o vice-presidente do Sindicato Rural, Paulo Vargas, última chuva boa do município foi no dia 30 de outubro, com 39 mm. “Produtores começaram a plantar soja, mas tiveram que parar, pois o solo está sem condições de semeadura”, 

Previsões climáticas indicam chuvas somente para a próxima quinta-feira, dia 22, e soja já sente efeito das altas temperaturas. “Lavouras que têm maior cobertura com plantio direto com palha ainda resistem, mas no caso de pouca palha as plantas ficam mais ao sol e aumentam a deficiência hídrica”, afirma Vargas.

Em Goioerê, no Paraná, a situação também se agrava. O plantio da soja foi realizado com sucesso ainda no mês de outubro, mas há 15 dias sem chuvas lavouras já são prejudicadas. De acordo com o presidente do Sindicato Rural do município, Zezé Sismeiro, “em novembro ainda não tivemos chuvas e isso está preocupando produtor. Previsões climáticas indicam precipitações só na próxima sexta-feira, dia 23.”, afirma. Enquanto isso, município tem altas temperaturas à tarde e baixas nos períodos da manhã e noite. Segundo Sismeiro ainda é cedo para falar em perdas, mas porte da planta será menor. 

Enquanto o sul brasileiro inicia mais uma safra com ausência de chuvas, o oeste da Bahia, também importante região produtora de soja, tem excesso de precipitações. Segundo o gerente comercial da Sementes Líder, Marcelo Rossato, chuvas constantes favorecem germinação da soja, mas atrapalham evolução do plantio que chega nesta semana com 35% da área a ser cultivada com soja no oeste baiano plantada.  

Comercialização

Em Carazinho, no RS, cerca de 70% da soja foi negociada antecipadamente a preço médio de R$58. Já em Goioerê, no PR, aproximadamente 50% da produção estimada da soja foi negociada antecipadamente com preços entre R$46 e R$51. Nesta sexta-feira, a saca de soja futura foi negociada a R$66,50 em Goioerê. Nos últimos 30 dias cotações da oleaginosa despencaram de R$77 para o piso atual. Caso siga a tendência do mercado internacional, preços podem cair ainda mais pelos próximos dias. 

Na região de Luís Eduardo Magalhães, na BA, negociações futuras da soja chegam a 55% da expectativa de produção, com valores entre R$53 e R$60. 

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Por: Ana Paula Pereira
Fonte: Notícias Agrícolas

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