Soja: Demanda aquecida nos EUA sustenta preços em Chicago

Publicado em 28/02/2013 10:50 e atualizado em 28/02/2013 15:05
Nesta quinta-feira (28), os preços futuros da soja operam do lado positivo da tabela na Bolsa de Chicago. Na sessão anterior, a commodity trabalhou com bastante volatilidade, mas conseguiu encerrar com pequenas altas. Por volta das 15h00 (horário de Brasília) os principais contratos exibiam ganhos de dois dígitos. 

O consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Valmir Brandalizze, explica que nesta semana o mercado tenta recuperar algumas perdas registradas na semana passada. Além disso, o mercado internacional de grãos observa o aquecimento da demanda nos Estados Unidos.

 “Os países compradores estão vendo que terão dificuldades em comprar soja no Brasil, em função dos problemas logísticos no país que podem atrasar a entrada efetiva da safra no mercado. Com isso, a demanda acabe voltando para os EUA, que têm baixos estoques de soja”, diz Brandalizze.

Até o momento, o país já exportou 93% do volume projetado, e o ano comercial termina apenas no mês de agosto. Essa situação ajustada pode fazer com que os Estados Unidos comprem soja de outras origens para atender a demanda local, conforme sinaliza o consultor. 

Ainda ontem (27), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou a venda de 120 mil toneladas de soja para a China. Brandalizze destaca que a nação asiática tem feito compras menores e escalonadas para não pressionar positivamente os preços em Chicago. 

Diante desse cenário, a tendência é que as cotações oscilem entre US$ 13,50 e US$ 14,50/bushel, segundo relata o consultor. “Já a barreira de US$ 15/bushel na soja é técnica e psicológica, ela foi quebrada na semana passada, mas não conseguiu sustentar. A partir desse patamar alguns países compradores começam a diminuir a pressão de compras”, acredita Brandalizze. 

Milho – O mercado do cereal trabalha em campo misto nesta quinta-feira (28). Segundo Brandalizze, mercado tem operado com mais firmeza, e o relatório de produção de etanol nos Estados Unidos que indicou um aumento na demanda do produto, contribui para a formação desse cenário. 

Do mesmo modo, as notícias de que o Governo chinês iria aumentar as importações de vários produtos, inclusive milho, também é um fator positivo para o mercado. Por outro lado, as exportações norte-americanas começam a avançar o que segundo o consultor, influencia os preços.

“O milho consolidou números acima de US$ 7/bushel, então tem um suporte técnico e tudo indica que nessa semana ainda pode alcançar esse patamar no contrato maio”, acredita Brandalizze.

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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