Grãos: Mercado segue em alta e amplia os ganhos em Chicago

Publicado em 13/05/2013 10:51 e atualizado em 13/05/2013 14:10
Os futuros da soja, do milho e do trigo operam em alta na sessão desta segunda-feira (13) e vêm ampliando os ganhos na Bolsa de Chicago. Depois de operar em campo misto, a soja passou para o lado positivo da tabela, com sustentação vinda da firmeza do mercado físico norte-americano, por conta da escassa oferta disponível no país. Além disso, como explicou o analista de mercado Glauco Monte, da FCStone, amanhã o contrato maio expira, o que favorece as altas dos contratos mais próximos, puxando os demais também para cima.  

O milho e o trigo também avançam nesta segunda-feira. O mercado dos grãos ainda observa o clima adverso que compromete o bom desenvolvimento do plantio nos Estados Unidos. Segundo informações da agência internacional Bloomberg, o excesso de chuvas em importantes regiões produtoras do Meio-Oeste norte-americano acaba afastando cada vez o mais o risco de uma safra recorde este ano. 

No final de semana, o clima se manteve muito úmido e com temperaturas muito baixas, o que, segundo o instituto de meteorologia DTN, poderia ter causado mais atrasos na semeadura. Na tarde de hoje, o USDA atualiza seus números sobre a evolução do plantio até o último domingo. 

Paralelamente aos fundamentos que movimentam o mercado da soja, as análises técnicas, de gráficos, apontam que a soja está "lateralizada" desde outubro do ano passado. De acordo com o gestor de investimentos Antônio Domiciano, da SmartQuant Fundos de Investimentos, "a soja está presa entre os patamares de US$ 13,50 e US$ 15, e não existe uma tendência definida para os preços neste momento. Por isso, será preciso muita atenção para o rompimento de um desses dois valores", disse. 

No entanto, ainda de acordo com Domiciano, para o milho, os gráficos apontam uma tendência de baixa para os preços, os quais estão presos em um intervalo de US$ 6,25 e US$ 7 por bushel. "O milho até tenta subir mais, mas não encontra fôlego para isso. Ele perde aos poucos e ainda  não se sabe até onde a queda pode ir", disse o gestor. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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