Com feriado nos EUA, Chicago e NY não operam nesta segunda

Publicado em 02/09/2013 08:33 e atualizado em 02/09/2013 09:34

Nesta segunda-feira, 2 de setembro, comemora-se o feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos e, por isso, os negócios não acontecem nas Bolsas de Chicago e Nova York. os trabalhos serão retomados nesta terça-feira, dia 3. 

Na sessão da última sexta-feira (30), os futuros da soja negociados na CBOT terminaram o dia do lado negativo da tabela, com baixas de 4,50 a 11 pontos. O vencimento novembro/13, referência para a safra nova, terminou o dia cotado a US$ 13,57/bushel, com queda de 11 pontos. Os futuros do milho e do trigo fecharam a sessão em campo misto, próximos da estabilidade.

Veja como terminou o pregão da última sexta:

Soja: Com previsão de chuvas e feriado nos EUA, mercado recua

Por Fernanda Custódio

As cotações futuras da soja encerraram o pregão regular desta sexta-feira (30) em baixa na Bolsa de Chicago. Os principais contratos da commodity exibiram perdas entre 4,50 e 11 pontos. O vencimento novembro/13, referência para a safra nova, terminou o dia cotado a US$ 13,57/bushel, com queda de 11 pontos. Os futuros do milho e do trigo fecharam a sessão em campo misto, próximos da estabilidade.

Em véspera de final de semana prolongado, na próxima segunda-feira é feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, os investidores adotaram uma postura mais cautelosa, com as atenções voltadas para o clima. E os mapas climáticos indicam chuvas moderadas para a parte leste e norte do Meio-Oeste do país, fator que exerceu pressão negativa sobre os preços futuros.

O economista da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter, explica que as temperaturas mais altas esta semana agravaram a situação de estresse hídrico das lavouras norte-americanas. “E as chuvas devem amenizar a intensidade das temperaturas. Este ano a situação é complicada, em função do atraso no plantio e um verão mais frio”, afirma. 

Em contrapartida, caso as precipitações não se confirmem, o mercado pode trabalhar com preços mais altos no pregão noturno da segunda-feira (2), podendo até mesmo atingir as máximas mais vez, conforme acredita o analista de mercado da Agrinvest, Marcos Araújo. E as próximas duas semanas são de extrema importância para a definição do potencial produtivo das lavouras de soja norte-americanas. 

Milho – No caso do cereal, a expectativa é que as perdas com as adversidades climáticas sejam menores, uma vez que o grão estava em fase mais adiantada.  “As perdas devem ser menores e a safra norte-americana deve caminhar para algo acima de 325 milhões de toneladas. Os últimos números falam em torno de 340 milhões de toneladas, mas acreditamos que haja uma revisão negativa nesses dados”, ressalta Motter. 

Mercado interno – As recentes altas das cotações futuras na Bolsa de Chicago associada com a valorização do dólar refletiram positivamente nas cotações no mercado interno brasileiro durante o mês de agosto. No acumulado do mês, a moeda norte-americana apresentou uma elevação de 3,4%. 

Os preços da soja apresentaram um incremento de R$ 10,00 nos últimos 15 dias e para o milho as cotações subiram em torno de R$ 2,00 a R$ 3,00 dependendo da região. Situação que contribuiu para o avanço nas negociações no mercado doméstico.

“A situação do milho é um pouco mais complicada, já que temos a maior safra da história, somando a safra de verão de inverno, mais de 80 milhões de toneladas. E o nosso consumo interno é da ordem de 53 milhões toneladas. Além disso, temos a expectativa de redução nas exportações, que devem somar 15 milhões de t. este ano, contra 23 milhões do ano passado”, diz o economista.

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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