Helicoverpa: No Mato Grosso do Sul, lagartas atacam áreas com Buva

Publicado em 09/10/2013 12:19 e atualizado em 10/10/2013 16:30

No Mato Grosso do Sul, técnicos da Coamo de Dourados constataram um grande ataque de lagarta em Buva. As áreas, que foram atacadas, estavam sendo preparadas para o plantio da soja nos próximos dias. De acordo com informações divulgadas pelos especialistas, grande parte das lagartas está em estágio de desenvolvimento avançado e 99% de chances de ser a Helicoverpa Armigera.  E amostras da praga foram levadas ao laboratório para análise. Caso seja confirmada, esse será o primeiro relato da lagarta na região Sul do estado.

Veja abaixo imagens da lagarta: 

Fotos: Fernando Mignoso - COAMO

Aprosoja MT: Lagartas migram de plantas guaxas para soja

Com o início do plantio da soja em Mato Grosso, os problemas com a Helicoverpa voltam a aterrorizar os produtores. Casos da praga já foram registrados em cinco grandes propriedades em municípios como Campo Novo dos Parecis e Sapezal, nos últimos dias, mas segundo o diretor técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), Nery Ribas, a lagarta está por todo o estado, “só ainda não foi detectada e identificada”.

Frente a isso, a orientação é que os produtores façam um monitoramento intenso e sem descanso das lavouras, pois o controle da praga no estágio de instar, ou seja, larval, quando a lagarta tem menos de um centímetro, é mais fácil.

Mas a situação no estado ainda se complica, pois o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) têm divulgado informações sobre grandes infestações em áreas com plantas guaxas, aquelas que germinam a partir de grãos perdidos na colheita. Essas plantas são hospedeiras em potencial para pragas e doenças, entre um cultivo e outro.

São elas que têm permitido casos onde as lagartas possuem tamanho de 15 dias enquanto a soja tem apenas 5 dias. O coordenador da Comissão de Defesa Sanitária Vegetal, Wanderlei Dias Guerra é incisivo: é preciso destruir essas plantas para que a lagarta, posteriormente, não migre para a soja.

Todo esse contexto necessita da adoção de uma postura proativa de produtores e seus colaboradores, engenheiros agrônomos, técnicos e consultores, incluindo o Manejo Integrado de Pragas (MIP), com o cultivo de áreas de refugio, uso racional de inseticidas, preservação dos inimigos naturais, adoção de um vazio sanitário como forma de evitar a chamada "ponte biológica" ou "ponte verde” que fornece alimento às lagartas e outras pragas de forma ininterrupta.

O monitoramento do ciclo da praga, lagartas pequenas ou adultas, também auxilia na identificação para escolha dos inseticidas, biológicos ou químicos, a serem utilizados.

No link abaixo, confira a entrevista do Chefe de Trasnf. Tecn. Embrapa Milho e Sorgo, Jason de Oliveira Duarte, na íntegra:

>> Jason de Oliveira Duarte - Ataque da Helicoverpa em áreas com buva no MS

>> Veja também a entrevista do produtor rural de Dourados (MS), Renato Ferreira

Confira novas imagens da lagarta Helicoverpa na região de Laguna Carapã (MS):

Fotos: Antônio Rodrigues - técnico agrícola

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Fonte: Notícias Agrícolas +Aprosoja MT

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