Soja opera com volatilidade em Chicago nesta terça-feira

Publicado em 03/12/2013 11:27 e atualizado em 03/12/2013 14:56

Os preços da soja operam com volatilidade nesta terça-feira na Bolsa de Chicago. O mercado operou com leves altas no início do dia, passaram a recuar, acentuaram as perdas, mas, em seguida, retornaram ao lado positivo da tabela. Assim, por volta das 15h50 (horário de Brasília), as posições mais negociadas subiam entre 0,50 e 1 ponto. 

A realização de lucros registrada mais cedo, segundo o consultor da Cerealpar, Steve Cachia, vem após quase 10 semanas de alta para a soja na CBOT. Além disso, o mercado está também tentando entender algumas especulações, como os rumores de cancelamentos de compras de soja e milho pela China feitas nos Estados Unidos nos últimos dias, o que também é visto como um fator negativo pelos investidores nesse momento. 

Porém, o consultor acredita ainda que esse seja apenas algo momentâneo e que "de um jeito ou de outro, o mercado deverá ver isso como uma coisa pontual e não vemos nenhuma outra razão para se preocupar com o ritmo e agressividade de compras por parte da China".

O mercado dá atenção também à evolução da safra na América do Sul. As primeiras projeções são de uma produção recorde no Brasil, na Argentina e no Paraguai, os três principais produtores do continente, e as condições climáticas para os próximos dias deverão ser favoráveis, de acordo com as últimas previsões. 

Ainda assim, Cachia afirma que o mercado tem se mantido sustentado apesar dessas informações, uma vez que mantém seu foco principal na demanda muito aquecida. "Eu acredito que a situação americana vai prevalecer e vai dar direção para Chicago nos próximos meses. Pelo ritmo das exportações norte-americanas muito agressivo, acreditamos que haverá um momento em que a safra americana será insuficiente para atender a demanda interna e externa, com os EUA entrando, fatalmente, em um processo de racionamento e isso deve provocar uma alta nos preços", diz. 

Esse possível aumento dos preços deverá começar a ser observado pelos produtores brasileiros, segundo o consultor, nos primeiros meses de 2014, e a "magnitude" desse movimento irá depender, também, dos prêmios e da taxa de câmbio. No entanto, alerta para os problemas com a logística que podem ser enfrentados, novamente, no auge do escoamento da produção nacional. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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