Com aperto entre a oferta e demanda, soja fecha o dia em alta

Publicado em 17/12/2013 16:42 e atualizado em 17/12/2013 17:17

Na sessão regular desta terça-feira (17), o fechamento foi positivo para o mercado da soja. As posições mais negociadas da commodity passaram por um pregão de intensa volatilidade e, depois de oscilar entre os dois lados da tabela, encerrou os dias com ganhos entre 8,75 e 9,50 pontos. O contrato maio/14, referência para a safra brasileira, fechou os negócios valendo US$ 13,17 por bushel, com alta de 9 pontos. 

A força para a reação do mercado veio dos fundamentos. A demanda segue muito aquecida frente a estoques extremamente apertados nos Estados Unidos, país que é o único, neste momento, com soja disponível. Do total projetado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) para exportação, 98% já estão comprometidos. 

Por outro lado, as boas expectativas para a safra da América do Sul, com um aumento da pressão de oferta, pesam sobre o mercado. Previsões climáticas indicam que boas condições climáticas para o desenvolvimento das lavouras na América do Sul, principalmente no Brasil e na Argentina. No atual momento, porém, importantes regiões produtoras em ambos os países têm sofrido com o calor excessivo e a falta de chuvas. 

Assim, com a atuação de duas frentes, o mercado se mantém volátil e, portanto, sem força para subir e romper importantes patamares de preços como os US$ 13,50 por bushel, por exemplo, e, ao mesmo tempo, tem suas baixas limitadas diante desse quadro fundamental ainda muito positivo. 

Com esse cenário de volatilidade, o mercado faz ainda com que os produtores, principalmente os da América do Sul, fiquem fora dos negócios, aguardando por melhores oportunidades de comercialização. "Os produtores da América do Sul dão sinal de que se o mercado recuar, ele não vende. E o mercado internacional está observando isso e sabe que se as cotações caírem muito o mercado não terá oferta de soja suficiente para atender a demanda forte que vem pela frente. 2014, com certeza, será o ano da carne no mercado mundial e haverá uma demanda maior para a produção de ração", explica Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting. 

No link abaixo, confira a íntegra da entrevista do consultor:

>> Vlamir Brandalizze - Mercado da Soja

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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