Soja tem suporte na demanda e opera com ligeiras altas em Chicago

Publicado em 14/01/2014 11:50

A procura mundial, principalmente por parte da China, por soja continua muito intensa e se mantém como principal fator de sustentação para os preços na Bolsa de Chicago. As vendas nos Estados Unidos acontecem em ritmo recorde, bem como os embarques. 
Por volta das 12h40 (horário de Brasília), as posições mais negociadas operavam em campo positivo, subindo entre 2 e 3,75 pontos. 

Isso indica, segundo analistas, que a demanda chinesa pelo produto norte-americano continua aquecida mesmo diante do avanço da colheita na América do Sul. "A demanda está forte e as cotações da soja em Chicago, mesmo crescendo, não está inibindo as compras, principalmente da China, que tem comprado, praticamente todos os dias", diz Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting. 

O consultor diz ainda que o inverno muito rigoroso deste ano no hemisfério norte contribui para essa sustentação da demanda, uma vez que exige um aumento da demanda por ração animal, além de afetar severamente lavouras de trigo forrageiro, podendo reduzir a oferta do grão. "Isso impacta na demanda maior de soja e milho no decorrer desse ano de 2014, fator positivo que está parecendo beneficiar o produtor brasileiro". 

Além disso, o rigor do inverno vem comprometendo também a eficiência da logística norte-americana, uma vez que diversos rios ficaram congelados ou acumulando muito gelo, impedindo o escoamento de diversas cargas. Isso acaba reduzindo a pressão de oferta no Golfo, estimulando uma disparada dos prêmios para soja e milho nos portos dos EUA. Com isso, "a cotação da soja no ponto final, que é a China, está acima dos US$ 700 a tonelada", afirma Brandalizze. 

O pico da safra na América do Sul, na opinião do consultor, poderia até causar uma pressão momentânea no mercado - o que exige a atenção dos produtores - porém, a tendência para o mercado ainda é positiva. Os produtores brasileiros vêm segurando um pouco mais suas vendas, reduzindo a pressão de oferta, favorecendo o suporte das cotações. 

Milho - Na contramão da soja, o mercado do milho opera com ligeiras quedas na Bolsa de Chicago. Os futuros do grão passam por um movimento de realização de lucros, segundo analistas, depois das últimas altas ocasionadas por números divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Às 12h40 (horário de Brasília), as perdas dos principais vencimentos eram de pouco mais de 3 pontos. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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