Com suporte da demanda, soja sobe quase 1% nesta 5ª na CBOT e consolida 3ª alta seguida

Publicado em 24/08/2017 18:07

Pelo terceiro dia seguido, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) subiram. Nesta quinta-feira (24), as principais posições da commodity finalizaram o pregão com valorização de quase 1% e altas de mais de 8 pontos. O novembro/17 era cotado a US$ 9,46 por bushel, enquanto o janeiro/18 trabalhava a US$ 9,55 por bushel.

De acordo com informações da Granoeste Corrteora de Cereais, o suporte aos preços veio dos relatos divulgados pelo Farm Journal Midwest Crop Tour. Nos principais estados produtores, Illinois e Iowa, a contagem de vagens da soja está abaixo do registrado no ano anterior e também da média dos últimos anos.

O cenário se repete em Minnesota, o estado é o terceiro maior produtor de soja dos EUA e deve responder por 9,1% da produção da oleaginosa no país nesta temporada. Nesta sexta-feira, os participantes da expedição irão divulgar um balanço completo com as projeções para as safras de soja e milho.

"As indicações poderiam colocar em risco a perspectiva do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de uma super safra", destacou a Reuters internacional. Para essa temporada, a perspectiva é que sejam colhidas mais de 119 milhões de toneladas de soja.

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Além disso, os números das vendas semanais, de mais de 2 milhões de toneladas, da safra 2017/18 também ajudaram na formação dos preços. O volume ficou acima das estimativas dos investidores, entre 400 mil a 600 mil toneladas. Mais de 1 milhão de toneladas foi adquirida pela China.

"A perspectiva de uma demanda robusta, notadamente por parte da China, pode ser o grande mote para a sustentação dos preços nos próximos meses", informou a Granoeste. Ainda nesta quinta-feira, o USDA anunciou a venda de 132 mil toneladas de soja para a nação asiática. O volume deverá ser entregue na temporada 2017/18.

Outro fator que segue no radar dos investidores é a questão da taxação, anunciada pelo Governo americano, para as vendas de biocombustíveis por parte da Argentina e Indonésia. "A notícia é tida como benéfica para os preços da soja norte-americana, que terá o consumo doméstico impulsionado pelas "restrições" de importação do produto", destacou a Ag Resource Brasil.

Mercado brasileiro

No Brasil, a quinta-feira foi de ligeira movimentação nos preços da soja. Conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, a saca subiu 1,76% em Primavera do Leste (MT) e finalizou o dia a R$ 57,70. Em Não-me-toque (RS), o ganho foi de 0,87%, com a saca a R$ 58,00.

Nos portos, o dia foi de estabilidade aos preços da oleaginosa. Em Santos (SP), o disponível caiu 0,71% e a saca fechou o dia a R$ 69,50. No Porto de Imbituba (SC), a queda ficou em 0,72% e a saca a R$ 69,00.

Enquanto isso, o dólar, outro importante componente na composição dos preços fechou o dia a R$ 3,1473 na venda, com leve alta, de 0,17%. "O câmbio fechou com leve alta, com luxo comprador atraído pelos preços mais baixos depois que o governo conseguiu aprovar na Câmara dos Deputados a medida provisória que cria a Taxa de Longo Prazo (TLP)", reportou a Reuters.

Confira como fecharam os preços nesta quinta-feira:

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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