Soja fecha 4ª feira em alta na Bolsa de Chicago com bons números do NOPA e busca por recuperação

Publicado em 15/11/2017 18:03

Na sessão desta quarta-feira (15), o mercado futuro norte-americano da soja foi intensificando suas altas durante todo o dia para encerrar com ganhos de 8 a 8,50 pontos entre os principais contratos. Uma conjunção de fatores - nesse dia de feriado no Brasil e sem negócios no mercado interno - puxou as cotações da oleaginosa, levando o vencimento janeiro/18 aos US$ 9,76 por bushel e o maio/18, referência para a safra americana, aos US$ 9,96. O julho/18 retomou os US$ 10,00 e fechou com US$ 10,05 por bushel. 

De acordo com analistas e consultores ouvidos pela Reuters Internacional, um avanço observado também entre os futuros do óleo de soja negociados na CBOT, a alta do petróleo e mais os bons números do esmgamento nos Estados Unidos criaram um cenário favorável para as altas. 

A NOPA (Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas dos EUA) informou que, em outubro, o país processou 4,47 milhões de toneladas de soja, o quinto maior volume mensal, com números dentro das expectativas do mercado. 

"Sazonalmente, os futuros da soja tendem a subir depois da conclusão da colheita nos Estados Unidos e na medida em que as vendas por parte dos produtores americanos permaneçam mais lentas. E vimos uma recuperação e alguma 'caça por barganhas' sendo antecipadas", diz Brian Hoops, da Midwest Market Solutions. 

Complementando o quadro positivo para as cotações nesta quarta, a COFCO - a maior estatal compradora de commodities da China - anunciou, por meio de um de seus executivos, que as importações da commodity por meio da nação asiática poderiam chegar as 100 milhões de toneladas na temporada 2017/18, superando as estimativas oficiais do governo. 

Ademais, o mercado internacional buscou se recuperar e ajustar depois das últimas baixas, porém, continua sentindo a pressão do clima favorável que permite um bom avanço dos trabalhos de campo na América do Sul. O plantio já registra bons números tanto no Brasil, quanto na Argentina. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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