Soja: Mercado em Chicago fecha em queda nesta 4ª após China, mas preços têm dia misto no BR

Publicado em 04/04/2018 19:28 e atualizado em 04/04/2018 20:03

A quarta-feira (4) foi bastante agitada para o mercado da soja tanto na Bolsa de Chicago, quanto no Brasil. O anúncio da taxação de 25% da China sobre a soja americana provocou uma queda intensa dos futuros da commodity no quadro internacional, da mesma forma que motivou uma subida intensa dos prêmios nos portos do país. 

Somente nesta quarta, as referências nas principais posições de entrega em Paranaguá subiram até 11,61% e variam de US$ 1,25 a US$ 1,28 sobre os valores praticados na CBOT. Nos melhores momentos do dia, os indicativos chegaram a bater e superar US$ 1,30. 

Na contramão, os preços da soja em Chicago fecharam o dia com perdas de mais de 22 pontos, com o maio/18 ficando em US$ 10,15 por bushel, depois de as cotações, ao longo do pregão, terem cedido mais de 50 pontos e o mesmo contrato ter perdido o patamar dos US$ 10,00. 

Enquanto isso, no Brasil, a soja disponível retomou os R$ 83,00 por saca para fechar o dia, após perder forçar no início dos negócios testando os R$ 81,50. No interior do país, os preços testaram altas e baixas nas principais praças de comercialização. As variações passaram de 1%.

Veja como fecharam os preços nesta quarta-feira:

>> COTAÇÕES DA SOJA

"O mercado da Soja brasileira esteve em dia de tensão com um olho para os EUA, onde via Chicago em queda livre, depois de ter a noticia da taxação de mais de 100 produtos americanos e entre eles a soja, com 25% de taxa de importação e com isso derrubando forte a bolsa", explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting. 

Para Brandalizze, no entanto, aos poucos o mercado em Chicago vai absorvendo essas informações e se acomodando a uma nova realidade no comércio da soja. Porém, lembra que ainda é necessário conhecer os detalhes dessa tarifação para que se conheça, na sequência, o impacto real dessa medida para os preços da commodity. 

"A China demorou um pouco, mas tomou uma atitude. Para o mercado, isso provocou uma corrida de liquidez porque os investidores têm pavor desses movimentos políticos", diz. "E os preços foram perdendo suportes em sequência, levando a um novo intervalo, que agora passa a ser de US$ 10,00 a US$ 10,40, contra o anterior de US$ 10,30 a US$ 10,70 que vinha sendo observado", completa o consultor. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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