Soja volta a recuar em Chicago nesta 5ª feira, mas encontra suporte na boa demanda nos EUA

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago voltaram a cair no começo da tarde desta quinta-feira (19). As previsões de uma melhora nas condições de clima no Corn Belt para a evolução do plantio da safra 2018/19 parecem, como explicam analistas internacionais, pesar sobre as cotações. 

Com isso, o contrato maio/18 vinha sendo cotado a US$ 10,36 por bushel, o julho a US$ 10,47 e o agosto/18 a US$ 10,49. 

"O mercado de grãos vê a melhora das previsões limitando os preoçs da soja e do milho, enquanto o trigo ainda trabalha em alta na CBOT", diz o analista de mercado do portal internacional Farm Futures. 

De acordo com informações do Commodity Weather Group, algumas chuvas deverão aliviar o stress sob as lavouras de trigo em cerca de dois terços das Planícies do Sul, mas metade da área deverá voltar a secar nos próximos 15 dias. 

Na outra ponta, o mercado recebeu bem os números das vendas norte-americanas de soja para exportação reportados hoje pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), uma vez que entre as safras velha e nova o volume passou de 2 milhões de toneladas. 

Na semana encerrada em 12 de abril, as vendas foram de 1.040,7 milhão de toneladas da safra 2017/18. Os traders, porém, esperavam algo entre 1,4 milhão e 2,2 milhões de toneladas. A maior parte foi adquirida por destinos não revelados. 

No acumulado da temporada, as vendas norte-americanas de soja já totalizam 54.035,4 milhões de toneladas, contra a expectativa total para o ano comercial 2017/18 de 56,2 milhões de toneladas. No ano passado, nessa mesma época, as vendas somavam 55,62 milhões de toneladas. 

Já da safra 2018/19, os EUA venderam 1.090,7 milhão de toneladas, com a maior parte sendo destinada à China.