Soja: Plantio precoce gera perdas em Mato Grosso
Publicado em 25/03/2010 14:17
As perdas na produtividade da safra 09/10 de soja e na remuneração do produtor são culpa da antecipação do plantio em Mato Grosso. A afirmação foi feita pelo presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Gláuber Silveira. Segundo o produtor, a ânsia de colher a soja superprecoce fez com os produtores plantassem em setembro e obtivessem perdas significativas na produção por conta do excesso de chuvas no final de 2009, pela proliferação da ferrugem asiática, que registrou um aumento de 80% na incidência no Estado com relação à safra 08/09 e pela desvalorização do dólar frente ao real.
Com 93,1% da safra colhida, os produtores calculam perdas de duas a cinco sacas por hectare. Há um ano, a média registrada no Estado era de 52 saca por hectare. Nesta safra, segundo Gláuber, os produtores que estão colhendo bem fazem 50 sacas por hectare.
A desvalorização do grão também pegou os produtores de surpresa. O excesso da commoditie no mercado internacional fez com os preços caíssem aproximadamente R$ 10 acumulando uma perda de até 35% no preço. Até dezembro, por exemplo, o grão era comercializado a R$ 35, em média. Na última semana, em Sorriso, norte de Mato Grosso, a saca foi vendida por R$ 23,40, no preço mínimo.
Por fim, a disseminação da ferrugem asiática também surpreendeu o agricultor, gerando perdas significativas. “O produtor relaxou com o desempenho da safra passada e não aplicou o fungicida nas quantidades certas. Na minha opinião, faltaram mais umas duas aplicações”, afirmou Gláuber.
Até o início desta semana, 587 focos tinham sido identificados no plantio mato-grossense, 261 a mais que na safra anterior, quando a safra se encerrou com 326 registros de ferrugem asiática. Com estes resultados, o presidente da Aprosoja se disse incerto sobre o saldo da safra 09/10 . O diretor administrativo da Aprosoja, Carlos Fávaro, afirmou que os resultados negativos podem comprometer a próxima safra, uma vez que o produtor entra descapitalizado e com dívidas remanescentes.
“Preocupados em plantar a safrinha (milho) os produtores iniciaram o plantio em setembro. Com isso, a soja pegou excesso de chuva no final do ano passado e enfrentou uma estiagem atípica no início deste ano. Agora os resultados são preocupantes, tem produtor colhendo 46 sacas por hectare”, exemplificou Fávaro.
Com 93,1% da safra colhida, os produtores calculam perdas de duas a cinco sacas por hectare. Há um ano, a média registrada no Estado era de 52 saca por hectare. Nesta safra, segundo Gláuber, os produtores que estão colhendo bem fazem 50 sacas por hectare.
A desvalorização do grão também pegou os produtores de surpresa. O excesso da commoditie no mercado internacional fez com os preços caíssem aproximadamente R$ 10 acumulando uma perda de até 35% no preço. Até dezembro, por exemplo, o grão era comercializado a R$ 35, em média. Na última semana, em Sorriso, norte de Mato Grosso, a saca foi vendida por R$ 23,40, no preço mínimo.
Por fim, a disseminação da ferrugem asiática também surpreendeu o agricultor, gerando perdas significativas. “O produtor relaxou com o desempenho da safra passada e não aplicou o fungicida nas quantidades certas. Na minha opinião, faltaram mais umas duas aplicações”, afirmou Gláuber.
Até o início desta semana, 587 focos tinham sido identificados no plantio mato-grossense, 261 a mais que na safra anterior, quando a safra se encerrou com 326 registros de ferrugem asiática. Com estes resultados, o presidente da Aprosoja se disse incerto sobre o saldo da safra 09/10 . O diretor administrativo da Aprosoja, Carlos Fávaro, afirmou que os resultados negativos podem comprometer a próxima safra, uma vez que o produtor entra descapitalizado e com dívidas remanescentes.
“Preocupados em plantar a safrinha (milho) os produtores iniciaram o plantio em setembro. Com isso, a soja pegou excesso de chuva no final do ano passado e enfrentou uma estiagem atípica no início deste ano. Agora os resultados são preocupantes, tem produtor colhendo 46 sacas por hectare”, exemplificou Fávaro.
Fonte:
Folha do Estado