Açúcar tem alta expressiva nesta tarde com subida generalizada das commodities e foco no BR

Publicado em 01/06/2021 11:49 e atualizado em 01/06/2021 14:19
Vencimento julho/21 volta a se aproximar dos US$ 18 c/lb no terminal norte-americano; financeiro contribui para suporte

​As cotações futuras do açúcar operam com altas expressivas nesta tarde de terça-feira (1º) nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado se ajusta depois de feriados internacionais e volta a repercutir os temores com a safra brasileira 2021/22, além do financeiro.

Por volta das 12h (horário de Brasília), o principal vencimento do açúcar bruto tinha valorização de 2,48%, cotado a US$ 17,79 c/lb na Bolsa de Nova York. Enquanto que o tipo branco em Londres registrava ganhos de 1,70%, a US$ 467,40 a tonelada.

A safra 2021/22 de cana-de-açúcar no Brasil segue indefinida, apesar de já ter iniciado a moagem. A produção de açúcar deverá ser menor neste ano por conta do clima adverso na maior parte do cinturão produtivo. À espera de um melhor desenvolvimento, a moagem está mais lenta.

A trading inglesa Czarnikow vê a condição climática neste mês de junho como crucial para a definição de suas estimativas da nova temporada.

"A curva de rendimento agrícola da cana está caindo neste momento e o tamanho dessa queda é que determinará se o CS esmagará menos do que 558 milhões de toneladas e do que estimamos atualmente para a região", disse a trading em relatório.

Veja mais:
» Chuvas em junho serão cruciais para safra 21/22 de cana no Centro-Sul do Brasil, estima Czarnikow

Os futuros do petróleo WTI e Brent saltavam cerca de 3% nesta tarde de terça, o que tende a impactar nos valores da gasolina. Com o combustível de origem fóssil mais alto, as usinas podem migrar para a produção do biocombustível, reduzindo a oferta de açúcar.

"Embora existam preocupações com um aperto nas restrições ligadas à Covid-19 em partes da Ásia, o mercado parece estar mais focado no lado positivo da história, com a demanda nos EUA e partes da Europa", destacaram à Reuters analistas da ING Economics.

Paralelamente, o mercado também monitora as greves na Colômbia, que tem impactado a produção de açúcar.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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