Açúcar salta mais de 1% nesta tarde nas bolsas de NY e Londres

Publicado em 27/07/2021 11:59 e atualizado em 27/07/2021 15:03
Mercado testa níveis do início do ano com temores diante da onda de frio esperada no Brasil

As cotações futuras do açúcar operam com ganhos de mais de 1% nesta tarde de terça-feira (27) nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado estende a valorização da véspera ainda com atenção ao frio esperado no Brasil, além dos dados da Unica.

Por volta das 12h (horário de Brasília), o açúcar bruto tinha valorização de 1,09%, negociado a US$ 18,61 c/lb na Bolsa de Nova York. Enquanto que o tipo branco cotado em Londres registrava alta de 1,01%, a US$ 461,00 a tonelada.

"Os operadores disseram que o mercado de açúcar despertou para o potencial de mais danos causados por geadas nas áreas de cultivo de cana do Brasil, um grande produtor de açúcar", disse a agência de notícias Reuters.

A meteorologia espera um declínio acentuado das temperaturas no Centro-Sul do Brasil na reta final desta semana. Essa condição ocorre logo depois de duas importantes incursões de frio e uma safra já impactada pela seca.

Porém, o açúcar não sentiu com a mesma força de outras commodities a ocorrência do frio, ainda que danos tenham sido registrados e impactado a qualidade da safra.

"As geadas representam uma ameaça menor à produção de açúcar do Brasil, portanto, o mercado não reagiu tanto quanto o café na semana passada, embora tenha subido cerca de 8,5% desde segunda-feira da semana passada", disse a agência.

Também dando suporte para máximas do início do ano, o mercado acompanha a recente divulgação da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) com queda na produção de açúcar do Centro-Sul na primeira metade de julho.

A produção do adoçante caiu 2,84% ante igual período do ano anterior, para 2,94 milhões de toneladas fabricadas.

No financeiro, o dia é marcado por suporte do mercado do açúcar relacionado ao petróleo no cenário internacional. Além disso, o dólar opera com leve queda sobre o real, o que tende a desencorajar as exportações, mas dá suporte ao mercado.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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