Maior facilidade na compra de animais e frigoríficos escalados até 25 de maio justificam aumento de pressão sobre cotações da @

Publicado em 08/05/2017 11:32
Dia das mães pode até estimular consumo de carne, mas pesquisa da Agrifatto mostra que não existe correlação de vendas com movimento de alta nos preços da arroba nesse período
Confira a entrevista com Lygia Pimentel - Consultora da Agrifatto

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Lygia Pimentel - Consultora da Agrifatto

 

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As escalas de abate estão confortáveis e o cenário é baixista no mercado do boi gordo. A analise é da consultora, Lygia Pimentel, da Agrifatto.

Após todas as reviravoltas da operação Carne Fraca, os negócios com a arroba do boi gordo parecem retornar a normalidade. As chuvas ainda beneficiam as pastagens, mas a chega do frio colabora com a entrega dos animais.

Segundo Pimentel, há maior facilidade na compra de boiadas e os frigoríficos estão escalados até 25 de maio, na média. Por outro lado, a demanda interna e externa segue a passos lentos, reduzindo a necessidade de formação de estoques.

Nem mesmo a proximidade com o feriado de Dia das Mães poderia impulsionar - ainda que pontualmente - os preços da arroba bovina. Uma pesquisa realizada pela Agrifatto, apontou baixa correlação entre o período do Dia das Mães e valorizações nos preços médios do boi gordo.

Da mesma forma, as exportações de carne bovina caíram significativamente em abril. Ainda refletindo as inseguranças quando a operação da Polícia Federal, Lygia diz acreditar que os prejuízos deverão ser diluídos nos próximos meses, comprometendo o resultado dos embarques em 2017.

Por todas essas razões, "não é esperados valorização da arroba, principalmente considerando que maio é o fundo da safra", diz Pimentel. Vale lembrar que "temos uma condição muito especial nesse ano, que é a conseqüência da redução no volume de confinamento em 2016. Isso significa mais animais no pasto, e as pastagens estão pressionadas", acrescenta.

Para a consultora é muito provável que o período efetivo da seca promova quedas na arroba.

Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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