Além do descarte de matrizes, produtores também optam por reduzir peso de abate dos animais e adiar coberturas, diz liderança

Publicado em 08/04/2022 15:12 e atualizado em 08/04/2022 15:46
De acordo com Valdomiro Ferreira, presidente da APCS, o produtor vai tomar a decisão "baseado pelo bolso", realizando o descarte como último recurso
Valdomiro Ferreira - Presidente APCS

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Entrevista com Valdomiro Ferreira - Presidente APCS sobre o Mercado Suínos

Em busca de alternativas para mitigar os efeitos da crise que assola a suinocultura desde o ano passado, de acordo com o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira, aponta que algumas ações estratégicas têm sido tomadas pelos suinocultores, como mandar animais mais leves para abate, adiar a cobertura das fêmeas e, em casos extremos, o descarte de matrizes.

Ele explica que estas movimentações para "enxugar" a produção, que estão ocorrendo em várias praças produtoras, vão criar uma bolha no médio prazo, com a escassez de matrizes e de animais terminados. "Mas quando isso vai começar a surtir efeito, vamos saber em 30 a 60 dias, quando essas medidas efetivamente começarão a ser tomadas", pontua. 

Apesar dos custos de produção seguirem em altos patamares e gerarem um prejuízo de R$ 282,70 a cada animal vendido no mercado independente paulista, a diferença já foi maior no começo do ano, chegando a mais de R$ 300,00. "ALém destes pequenos reajustes que temos visto, como o que houve essa semana, vimos uma queda, ainda que conservadora, no preço do milho na nossa região, e um recuo mais expressivo para o farelo de soja", disse.

 

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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