Demora para entrada do milho no mercado traz "certa sustentação" aos preços no Brasil
A sexta-feira (1) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro contabilizando novas movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT) e acumulando desvalorizações semanais de até 2,5%.
Segundo o analista da Céleres Consultoria, Enilson Nogueira, o mercado internacional já vem fraco há algumas semanas.
Na visão de Nogueira, isso se deve ao fato de o mercado, cada vez mais, entender que haverá uma safra cheia de milho nos Estados Unidos, que pode ultrapassar a barreira de 400 milhões de toneladas.
“A leitura de que é uma safra cheia traz pressão aos preços internacionais”, destaca.
O vencimento setembro/25 foi cotado a US$ 3,89 com desvalorização de 4,50 pontos, o dezembro/25 valeu US$ 4,10 com baixa de 3 pontos, o março/26 foi negociado por US$ 4,28 com queda de 2,25 pontos e o maio/26 teve valor de US$ 4,38 com perda de 2,25 pontos.
Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (31), de 1,14% para o setembro/25, de 0,73% para o dezembro/25, de 0,52% para o março/26 e de 0,51% para o maio/26.
No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram desvalorizações de 2,5% para o setembro/25, de 1,97% para o dezembro/25, de 1,89% para o março/26 e de 1,85% para o maio/26, com relação ao fechamento da última sexta-feira (25).
Mercado Brasileiro
Já na Bolsa Brasileira (B3), os preços futuros do milho tiveram uma sexta-feira um pouco mais sustentada, com as principais cotações se movimentando próximas da estabilidade.
De acordo com o analista da Céleres Consultoria, após uma pressão maior em maio, junho e começo de julho, o mercado nacional passou a receber “certa sustentação” vinda da demorada na entrada do milho no mercado de algumas praças.
Agora, com a colheita brasileira ao redor de 70% e a projeção de quase 120 milhões de toneladas de milho produzidas somente nesta segunda safra do Brasil, a tendência é retomada de um cenário de pressão para as cotações do cereal no país.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
O vencimento setembro/25 foi cotado a R$ 66,96 com valorização de 0,33%, o novembro/25 valeu R$ 69,20 com ganho de 0,14%, o janeiro/26 foi negociado por R$ 72,84 com elevação de 0,19% e o março/26 teve valor de R$ 75,18 com queda de 0,01%.
No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro registraram altas de 2% para o setembro/25, de 0,83% para o novembro/25, de 0,91% para o janeiro/26 e de 0,37% para o março/26, com relação ao fechamento da última sexta-feira (25).
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve movimentações positivas neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização somente em Brasília/DF. Já as valorizações apareceram em Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Sorriso/MT, Machado/MG e Porto de Santos/SP.