Esmagadoras disputam soja remanescente para garantir abastecimento até o final do ano. Preços do grão mantém tendência de alta

Publicado em 09/08/2019 16:10
No mercado internacional, investidores se posicionam para relatório do USDA e preços da soja sobem com novas compras chinesas e poucas chuvas nas lavouras americanas
Ênio Fernandes - Consultor em Agronegócio da Terra Agronegócios

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Nesta sexta-feira (09), a soja encerrou a sessão na bolsa com saldo positivo de  8,75 pontos nos principais vencimentos. Para Ênio Fernandes, consultor da Terra Agronegócios, o mercado começou a olhar mais para o clima nos EUA, já que as previsões indicam poucas chuvas para os próximos dias e isso traz preocupações nesse momento de florada e enchimento de grãos.    

Outro fator destacado por Ênio é o próximo relatório do USDA, que será publicado dia 12. Ele disse que o mercado acredita que a área de soja será menor que o mostrado no relatório do dia 28/06, já a área de milho também deve ser menor, mas com pouca diferença do indicado pelo USDA. Dentre os dados a serem apresentados na próxima segunda, está a produção da safra americana 19/20, cujas projeções indicam que deva ficar entre 100 a 105 milhões de toneladas. Já o milho deve ficar entre 314 a 350 milhões de toneladas. Portanto, a incerteza maior está na área plantada e isso tem feito o mercado se proteger.

Para o Brasil, a demanda continua aquecida tanto para o milho, quanto para a soja. Até o momento, o país exportou 60 milhões de toneladas da oleaginosa, sobrando 10 milhões para negociação. Por isso, Ênio explicou que o produtor rural precisa ficar atento a este momento, já que os esmagadores estão tentado construir seus estoques para o final do ano.

Leia também:

>> Estimativas para o USDA indicam redução de área e baixa na safra de soja

>> À espera dos números do USDA, soja mantém leves altas em Chicago nesta 6ª

Por: Aleksander Horta e Ericson Cunha
Fonte: Notícias Agrícolas

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