Soja brasileira está mais competitiva que a americana com um diferencial de até US$ 15/tonelada

Publicado em 07/11/2019 16:37
Soja sobe em Chicago com sinal verde entre China e EUA para redução progressiva de tarifas e maior demanda pelo grão americano
Eduardo Vanin - Analista de Mercado da Agrinvest

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Entrevista com Eduardo Vanin - Analista de Mercado da Agrinvest sobre o Fechamento de Mercado da Soja

 

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O mercado da soja voltou a ter ganhos nesta quinta-feira (07), principalmente após a divulgação das vvendas semanais dos Estados unidos, que ficaram acima do esperado. Foram 1.807,4 milhão de toneladas, enquanto o mercado esperava algo entre 600 mil e 1,2 milhão de toneladas. O volume é 92% maior do que na semana anterior e 41% do que a média das últimas quatro semanas. A China foi a maior compradora.

Leia: USDA: Vendas semanais de soja dos EUA ficam bem acima das expectativas

Como resultado, o Novembro/19 fechou a US$ 9,25, com alta de 10 pontos. O janeiro/20 fechou com negociações a US$ 9,36 (+9), enquanto que março/20 fechou a US$ 9,48 (+8) e o maio/20 a US$ 9,60 (+7,5). O mercado aguarda também o relatório mensal do USDA, que será divulgado amanhã com os últimados sobre a evolução da safra no país.

Veja: USDA deve reduzir produção e estoques de soja e milho dos EUA nesta 6ª feira

Outro fator que animou o mercado foi a sinalização de redução das tarifas da guerra comercial entre EUA e China. Caso isso ocorra e a demanda chinesa pela soja americana aumente, isso pode resultar em redução de estoques, o que daria força aos preços.

No mercado interno brasileiro, o plantio da safra continua avançando. Em comparação com a soja americana, o produto brasileiro se mostra mais competitivo tanto no preço, quanto na qualidade. Mesmo com uma possível equalização tarifária para a commodity, ainda assim o Brasil teria um desconto de US$ 15 por tonelada em relação aos Estados Unidos.  

Na referência porto, a soja nova foi negociada a R$ 88/89 com entrega para fevereiro. Com o câmbio se mantendo acima dos R$ 4, os produtopres voltam a considerar a comercialização, que ainda segue lenta.

Por: Aleksander Horta e Ericson Cunha
Fonte: Notícias Agrícolas

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