Soja: Dólar sobe, vai a R$ 4,21 e volta a segurar preços no Brasil nesta 2ª feira

Publicado em 25/11/2019 17:56
Semana começa com bons negócios e câmbio compensando as baixas internacionais. Na Bolsa de Chicago, falta de um acordo ainda pressiona as cotações e pode levar o janeiro a US$ 8,60 por bushel.
Ginaldo de Sousa - Diretor Geral do Grupo Labhoro

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Entrevista com Ginaldo de Sousa - Diretor Geral do Grupo Labhoro sobre o Fechamento de Mercado da Soja

 

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O dólar voltou a subir nesta segunda-feira (25), bateu em R$ 4,21 e mais uma vez dá suporte aos preços da soja no mercado brasileiro. Com o mercado da oleaginosa ainda estável na Bolsa de Chicago, sem força para grandes mudanças, o câmbio tem sido um dos mais fortes diferenciais para a formação das cotações no mercado nacional. 

Segundo explica o diretor do Grupo Labhoro, Ginaldo de Sousa, a semana começa, portanto, com bons negócios sendo efetivados pelos produtores brasileiros, que buscam caprturar todas as boas oportunidades que o mercado tem oferecido agora. E assim, referências importantes nos portos para a safra velha ainda conseguem se sustentar na casa dos R$ 90,00 nos portos. 

No interior do país, as cotações também subiram. Em praças de Mato Grosso os preços registraram ganhos de mais de 1% com e referências acima dos R$ 80,00 por saca em alguns município. Em Sorriso, a alta foi de 2,74%, mas para levar a referência a R$ 75,00. 

Da mesma forma, os prêmios fortes pela soja brasileira - que ainda concentra a maior parte da demanda mundial, principalmente por parte da China, também contribuem para indicativos fortes no Brasil. Para as posições mais próximas de entrega como novembro e dezembro têm valores de 80 a 90 cents acima das cotações praticadas na CBOT. 

"O produtor brasileiro começa a safra com um cenário realmente muito bom e muito importante, mas é preciso tirar proveito dessas oportunidades", diz Sousa. 

MERCADO EM CHICAGO

Na Bolsa de Chicago os preços da soja terminaram o dia com leves baixas nesta segunda-feira. A falta de um acordo entre China e EUA e, consequetemente, a ausência de demanda no mercado norte-americano por parte da nação asiática mantém as cotações pressionadas. 

"A história da China continua se arrastando e o que acontece é uma falta de demanda", explica o diretor da Labhoro. E sem esse acordo e com as baixas continuando a acontecer, o vencimento janeiro pode bsucar seu objetivo técnico e bater nos US$ 8,60 por bushel, hoje cotado a US$ 8,92.

Câmbio de equilíbrio é mais alto com fiscal forte, diz Guedes

WASHINGTON (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta segunda-feira que, diante da redução da taxa básica de juros no país, o câmbio de equilíbrio "tende a ir para um lugar mais alto".

"Quando você tem um fiscal mais forte e um juro mais baixo, o câmbio de equilíbrio também ele é mais alto", afirmou Guedes em entrevista coletiva na embaixada brasileira em Washington.

O ministro frisou que o Brasil tem uma moeda forte e que flutuações no câmbio não são motivo de preocuçação. "Temos um câmbio flutuante, então ele flutua. Às vezes ele está um pouco acima, por exemplo, quando o juro desce, ele sobe um pouco."

O ministro também rechaçou preocupações com o aumento do déficit em transações correntes do país, destacando que os resultados têm refletindo uma recuperação da economia e ainda são plenamente financiáveis pelos investimentos diretos no país.

 

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte: Notícias Agrícolas

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