Soja em Chicago corrige altas exageradas da semana passada e recua com influência do petróleo e dúvidas sobre demanda da China

Publicado em 11/04/2022 17:24 e atualizado em 11/04/2022 18:45
Analista destaca a importância do clima na safra americana para a precificação da soja em Chicago. Vai ser um ano de muita volatilidade, pondera Gutierrez
Luiz Fernando Gutierrez Roque - Analista da Consultoria Safras & Mercado

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Entrevista com Luiz Fernando Gutierrez Roque - Analista da Consultoria Safras & Mercado sobre o Fechamento de Mercado da Soja

A segunda-feira (11) terminou o dia com perdas agressivas para os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago. Os preços cederam entre 14 e 33,75 pontos nos principais contratos, com o maio terminando o dia com US$ 16,55 e o julho com US$ 16,40 por bushel nesta primeira sessão da semana. "Teremos muita volatilidade daqui para frente", explica Luiz Fernando Gutierrez, analista da Safras & Mercado. 

Segundo ele, o mercado se ajustou depois das altas fortes dos últimos dias, porém, logo deve voltar a olhar para seus fundamentos, principalmente os últimos números trazidos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicando menores estoques finais da oleaginosa nos EUA e no mundo. 

Os traders também se atentam ao comportamento da demanda chinesa, principalmente em função dos novos lockdowns no gigante asiática, com um temor no mercado de que o quadro possa se agravar ainda mais e as restrições severas se estenderem para outras cidades. 

"Podemos ter atraso de compras, de recebimento de soja, cancelamentos, e isso de fato afeta a demanda e seria um fator de fundamental importância", explica Gutierrez. 

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Por: Aleksander Horta e Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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