Tratores na rua..., por Lauro Jardim

Publicado em 10/06/2013 16:59
de veja.com.br

Brasil

Tratores na rua

Peças publicitárias

Os produtores rurais estão se articulando para organizar uma quizumba na sexta-feira. A turma promete fazer uma megamanifestação nas rodovias de pelo menos quatorze estados, com maior concentração nas regiões Centro-oeste, Nordeste, Sul, além de São Paulo.

Levarão seus títulos de propriedade e o pesado maquinário agrícola para as pistas das estradas, onde vão panfletar contra as atuais regras de demarcação de terras indígenas.

Paralelamente, a Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) colocou na rua peças publicitárias com o slogan: “Onde tem Justiça, tem espaço para todos”. A ordem é distensionar a belicosa relação com os índios e jogar no colo do Estado a responsabilidade pelos problemas vistos nas demarcações de terras.

Por Lauro Jardim

 

Brasil

Golpe do Pronaf

Denúncia em Brasília

Índios da aldeia Kaingang, no Rio Grande do Sul, afirmam ter levado golpe de representantes do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA).

A turma conta que 600 integrantes da tribo entregaram seus CPFs ao pessoal do MPA com a promessa de serem incluídos no Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) – que financia pequenos produtores com empréstimos a juros baixos. Até aí, beleza.

Os índios, porém, nunca receberam um real e, recentemente, descobriram que haviam adquirido dívidas por não terem pago o suposto empréstimo do Pronaf. Ou seja, segundo o relato, alguém usou os CPFs recolhidos na tribo, pegou a grana no Pronaf e, obviamente, jamais pagou o que devia.

Representantes dos Kaingang dizem já terem procurado o MPA e, em seguida, levaram o caso ao deputado Jerônimo Goergen, que vai formalizar uma denúncia no Ministério Público Federal.

Por Lauro Jardim

 

Economia

Tirando o couro

Marfrig: negociações com a JBS

Não é só a Seara que a JBS está comprando da Marfrig. A empresa da família Batista anunciará hoje oficialmente também a compra da Zenda, com sede no Uruguai, que opera negócios no setor de couro. Ambas as aquisições foram assinadas às 4h de sábado.

Há menos de três anos, enquanto fazia sua escalada de aquisições, a Marfrig comprou a Zenda, que possui escritórios de vendas na Argentina, México, EUA, Alemanha, África do Sul e Uruguai.

O valor total das duas compras, Marfrig e Zenda, é de 5,85 bilhões de reais.  A palavra de ordem na empresa de Marcos Molina é vender e tentar sobreviver.

Por Lauro Jardim

 

na coluna Feira Livre, de Augusto Nunes:

Reynaldo-BH: Lula virou capacho de empreiteiros que antes acusava de ladrões

REYNALDO ROCHA

“Fazer lobby é basicamente tentar influir sobre alguém que toma decisões para que uma decisão específica seja a mais favorável possível a uma parte interessada.” (Said Farhat em “Lobby. O que é e como se faz.”).

Esta atividade profissional é comum nos USA e em outros países da Europa. No Brasil, pelo comportamento dos lobistas, adquiriu conotação pejorativa. Que traduz a verdade tupiniquim.

A definição inicial aplica-se na totalidade a Lula. E é nisso que os mesmos de sempre se baseiam para tentar dar ares de normalidade a uma imoralidade.

O que é imoral pode ser normal? Infelizmente, na Era da Mediocridade, a resposta é positiva. É normal no lulopetismo a imoralidade ser aceita. Passou a ser a regra. Nunca a exceção.

Ainda tentando aplicar a definição precisa de Said Farhat, quem é que tenta influir? Um ex-presidente da República que insiste em se mostrar poderoso e um efetivo copresidente. E em negócios privados. Até com o uso de dinheiro público. Como sempre, o nosso!

Ele tenta influenciar as decisões da presidente da República. Imaginemos que um lobista tentasse ordenar a Barack Obama que tomasse determinada decisão. Seria colocado a chutes para fora da Casa Branca. E, como atividade de lobista é regulamentada nos USA, certamente teria a licença cassada.

Lula tem livre acesso a Dilma e faz questão de exibir o poder de mando. É essa a expertise que vende a empresários. Usa a humilhação pública da presidente para valorizar os serviços ofertados.

E quais são as decisões que Lula busca conseguir de modo mais favorável? Raramente se sabe. São negócios privados. O que sabemos é o resultado. Lula é um lobista de sucesso, sem dúvida. Após circular pela África num jato particular, Dilma seguiu-lhe os passos e anunciou o perdão de quase um bilhão de dólares a diversos ditadores da região. Os mesmos que Lula havia visitado. Estas dívidas impediam que as empresas brasileiras assinassem novos contratos.

Ou seja, Lula mandou e Dilma executou. A conta cabe a nós todos. Que pagamos impostos, os quais foram transformados em empréstimos e perdoados. Ao fim e ao cabo, doamos parte de nosso trabalho ao ditador do Sudão, condenado internacionalmente. Um dos homens mais ricos da África por roubar um país miserável.

A estratégia de Lula na vida ─ vide a amante Rose bancada com o nosso dinheiro ─ é repetida na nova atuação profissional. Esta parece ser a única especialidade funcional de Lula. (Ou alguém crê que produza relatórios, análises, planos de negócios ou estratégias? Os clientes devem até mesmo proibir que Lula faça algo nesta linha. Seria o desastre).

E qual é a parte interessada? Quem paga Lula pelo lobby prestado? Empreiteiras. As mesmas que Lula considerava o “câncer” da economia nacional. Quem mudou? Lula ou as empreiteiras? Nenhum dos dois.

Lobista, por definição, Lula trabalha em silêncio e quer sempre passar despercebido. Mas também faz questão de dizer que manda e que Dilma obedece. Foi o que fez nesta viagem à América Latina paga por empreiteiros que nunca estiveram tão felizes.

Mas, como otimista incorrigível que sou, consigo enxergar algo positivo.

Viagem de jatinho intercontinental: R$ 20.000,00 a hora de voo.

Whisky Johnnie Walker Blue Label: R$ 700,00.

Acompanhante íntima na viagem: passagem em algum cruzeiro marítimo.

Ver Lula no papel de capacho de empreiteiros que antes acusava de ladrões, servindo de boi de piranha para negociatas bilionárias, eis aí algo que NÃO TEM PREÇO!

(por Augusto Nunes).

Fonte: veja.com.br

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