De olho nas condições do Brasil e com menos preocupação com oferta, café tem mais um dia de queda

Publicado em 10/05/2022 16:10 e atualizado em 10/05/2022 16:42
Londres teve dia estabilidade e mercado físico de ajustes nos preços

A terça-feira (10) foi marcado por mais um dia de desvalorização para o mercado futuro do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Future US). 

Julho/22 teve queda de 230 pontos, negociado por 203,80 cents/lbp, setembro/22 registrou baixa de 225 pontos, cotado por 203,80 cents/lbp, dezembro/22 registrou queda de 220 pontos, cotado por 203,45 cents/lbp e março/23 teve desvalorização de 220 pontos, valendo 202,75 cents/lbp. 

Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon teve um dia de ajustes técnicos. Julho/22 teve queda de US$ 11 por tonelada, negociado por US$ 2009, setembro/22 registrou queda de US$ 7 por tonelada, valendo US$ 2013, novembro/22 teve desvalorização de US$ 7 por tonelada, cotado por US$ 2011 e janeiro/23 registrou queda de US$ 4 por tonelada, sendo negociado por US$ 2010. 

Diante da preocupação com a demanda de café, o mercado estendeu as baixas do início da semana. A análise do site internacional Barchart destacou que chuvas registradas no Brasil ajudaram a pressionar as cotações. "A Somar Meteorologia informou na segunda-feira que houve 12,4 mm de chuva (161% da média histórica) na região de Minas Gerais na semana passada, área que responde por cerca de 30% da safra brasileira de arábica", afirma a publicação.

No Brasil, no entanto o setor continua acompanhando de perto as condições do parque cafeeiro e apesar das chuvas do primeiro trimestre serem consideradas positivas, o cenário continua sendo de alerta sobretudo com a aproximação do inverno brasileiro. 

As previsões meteorológicas mais recentes indicam que a entrada de uma nova massa de ar frio nos próximos dias vai derrubar as temperaturas em boa parte do Centro-Sul do Brasil. O alerta do frio mais intenso chamou atenção dos cafeicultores nas principais áreas de produção do país, e na manhã desta terça-feira (10) a StoneX Brasil divulgou oficialmente que é este é o momento de monitoramento do frio nas áreas cafeeiras do país.

"Os preços do café permanecem na defensiva das preocupações com a demanda global. O governo chinês disse na sexta-feira passada que continuaria com seus rigorosos bloqueios pandêmicos em Xangai e Pequim, que manterão restaurantes e cafés fechados e reduzirão o consumo de café na China", complementa a análise do site internacional Barchart. 

No Brasil, o mercado físico teve um dia de variações mistas nas principais praças de comercialização do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 1,60% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.230,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 0,79%, valendo R$ 1.260,00, Patrocínio/MG teve baixa de 0,81%, negociado por R$ 1.230,00, Varginha/MG teve alta de 0,81%, valendo R$ 1.250,00 e Franca/SP teve valorização de 0,82%, cotado por R$ 1.230,00. 

O tipo cereja descascado teve queda de 1,54% em Guaxupé/MG, Poços de Caldas/MG teve queda de 0,72%, valendo R$ 1.370,00, Patrocínio/MG registrou queda de 0,78%, valendo R$ 1.265,00, Campos Gerais/MG registrou desvalorização de 0,76%, valendo R$ 1.300,00 e Varginha/MG teve alta de 1,55%, valendo R$ 1.310,00. 

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Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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