Cooabriel registrou um aumento de 28% na quantidade de sacas embarcadas em 2023.

Publicado em 06/03/2024 14:24
Além de clientes recorrentes como Rússia e Colômbia, outros países entraram no radar e os mais de 400 contêiners exportados chegaram a destinos inéditos, como Alemanha e Portugal.

A constatação de que o café conilon alcança cada vez mais espaço no mercado externo ganha força diante dos números crescentes de exportação que vêm sendo registrados. Acompanhando essa tendência, a Cooabriel registrou um aumento de 28% na quantidade de sacas embarcadas em 2023. Em 2022, os embarques da cooperativa corresponderam a cerca de 10% das exportações capixabas de conilon. 

Além de clientes recorrentes como Rússia e Colômbia, outros países entraram no radar e os mais de 400 contêiners exportados chegaram a destinos inéditos, como Alemanha e Portugal. 

As práticas éticas e a confiabilidade de que receberão o produto dentro do padrão de qualidade negociada estão entre os fatores que têm levado empresas internacionais a estabelecerem negócios com a cooperativa. Esses fatores são confirmados pelo CEO de uma torrefadora portuguesa, que se tornou cliente da cooperativa. 

“Selecionamos a Cooabriel como parceiro de negócios para a exportação de café, devido à extensa experiência no mercado, aliada a uma equipe multidisciplinar e infraestrutura robusta, que proporciona soluções abrangentes e eficientes. Além disso, a capacidade de adaptação ao cliente, desenvolvida ao enfrentar variados desafios, resulta em soluções personalizadas. E isso faz com que os negócios se desenrolem com excelência”, afirma o empresário. 

O despertar do interesse do mercado internacional pelo conilon deve-se à soma de diversos fatores. Em destaque está a melhoria da qualidade dos grãos, conforme sugere o gerente corporativo de comercialização e mercado da cooperativa, Edimilson Calegari. “O avanço no cenário internacional passa pela melhoria contínua da qualidade, através do aprimoramento dos processos de produção dentro das propriedades rurais, especialmente com relação ao pós-colheita”, afirma. 

A comprovação dos preceitos de sustentabilidade aplicados à produção e comercialização também é um diferencial que

 as empresas estrangeiras têm buscado.  A inserção de produtores na Certificação 4C vem de encontro a essa demanda, na mesma medida em que a Certificação Smeta 4 Pilares, obtida no último ano, está relacionada à ética e à responsabilidade social de processos na cooperativa.   

O trabalho de divulgação internacional do conilon como bebida de qualidade também tem sido um diferencial.  Na visão da gerente de exportação e sustentabilidade da cooperativa, Renata Vaz, as ações cumprem um importante papel ao desmistificar ideias não favoráveis ao conilon, bem como demonstrar as características sensoriais únicas que a variedade possui.

“Anualmente o plano de desenvolvimento do mercado internacional é discutido e os mercados-alvo são traçados, bem como a possibilidade de participação de feiras e eventos estratégicos”, acrescenta Vaz. 

A cooperativa, que atualmente conta com mais de 7.700 cooperados e tem área de atuação nos estados do Espírito Santo e Bahia, iniciou um plano de exportação e internacionalização da marca em 2020. Os resultados positivos têm incentivado a continuidade das ações. 

Nesse sentido, o presidente da Cooabriel, Luiz Carlos Bastianello, reforça que o objetivo da cooperativa é continuar com o projeto de expansão internacional.

“Nossa expectativa é criar mais oportunidades para abastecer o mercado externo com café conilon. Tem sido observada uma melhoria significativa na qualidade do conilon e isso contribui com o avanço da exportação. O propósito é buscar mercados com valores diferenciados para que se consiga também melhorar a remuneração ao produtor”.  

Fonte: Cooabriel

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