Milho recua na B3 nesta 5ªfeira com movimento de esvaziamento dos armazéns

Publicado em 04/11/2021 16:28
Chicago recua com realização de lucros antes de relatório do USDA

A quinta-feira (04) chega ao final com os preços futuros do milho da mesma maneira com que começaram, operando levemente mais baixos na Bolsa Brasileira (B3).

O vencimento novembro/21 foi cotado à R$ 88,62 com baixa de 0,43%, o janeiro/22 valeu R$ 88,70 com desvalorização de 0,55%, o março/22 foi negociado por R$ 88,95 com perda de 0,28% e o maio/22 teve valor de R$ 84,90 com queda de 0,12%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o valor de exportação está pressionado um pouco para baixo devido as movimentações de Chicago, girando entre R$ 87,00 e R$ 88,00 hoje nos portos, e isso acaba se refletindo na B3.

“O mercado está acomodado e mais de olho nos novos negócios que devem surgir nos próximos dias na exportação para não sobrar muito milho nos armazéns. Muitos armazenadores estão pedindo aos produtores para vender o milho que está lá parado ou tirar o milho para liberar os armazéns para manutenção e limpeza antes de receber a soja”, pontua. 

No mercado físico brasileiro, o preço da saca do milho também recuou nesta quinta-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações em Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Rio Verde/GO, São Gabriel do Oeste/MS, Eldorado/MS, Amambai/MS, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto Santos/SP. Já as valorizações apareceram somente em Jataí/GO.

Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “apesar dos poucos negócios concretizados no físico, o sentimento é de alívio em meados desta semana. Os motivos são: chuvas frequentes após uma boa janela de plantio no Brasil, a colheita acima da média dos últimas 5 anos nos EUA, aprovação da PEC dos precatórios que colabora com um câmbio mais ancorado”.

A análise da Agrifatto Consultoria acrescenta que, “sustentado pelo interesse do exportador, o preço do cereal em Campinas/SP mantém o patamar de R$ 87,00/sc”.

Mercado Externo

Já os preços internacionais do milho futuro começaram a quinta-feira subindo na Bolsa de Chicago (CBOT), mas perderam força e acabaram o dia registrando recuos para as principais cotações.

O vencimento dezembro/21 foi cotado à US$ 5,59 com desvalorização de 4,75 pontos, o março/22 valeu US$ 5,67 com queda de 4,50 pontos, o maio/22 foi negociado por US$ 5,72 com perda de 4,00 pontos e o julho/22 teve valor de US$ 5,73 com baixa de 4,00 pontos.

Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última quarta-feira (03), de 0,89% para o dezembro/21, de 0,87% para o março/22, de 0,69% para o maio/22 e de 0,69% para o julho/22.

Segundo informações da Agência Reuters, os futuros dos grãos dos Estados Unidos tropeçaram na quinta-feira, com os traders ajustando as posições antes de um relatório de safra federal na próxima semana, que deve mostrar estimativas maiores para as safras de milho e soja do país.

“Os preços recuaram em relação aos ganhos recentes, uma vez que os comerciantes queriam registrar lucros antes do relatório mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em 9 de novembro”, destaca Tom Polansek, da Reuters Chicago.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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