Bolsas caem mais de 2% em quarta-feira negativa para futuros do milho

Publicado em 09/03/2022 16:37
B3 e CBOT contabilizaram recuos nas principais cotações

A quarta-feira (09) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações voltaram para a faixa entre R$ 96,00 e R$ 102,00.

O vencimento março/22 foi cotado à R$ 101,90 com queda de 0,02%, o maio/22 valeu R$ 102,60 com perda de 1,91%, o julho/22 foi negociado por R$ 96,75 com desvalorização de 2,32% e o setembro/22 teve valor de R$ 96,72 com baixa de 2,20%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, os portos brasileiros estão pagando ao redor dos R$ 105,00 ou R$ 107,00 a saca para novos negócios de exportação, o que já é menos do que os R$ 112,00 registrados na semana anterior.

“Negociou muito milho de exportação na semana passada e agora começou a perder ritmo. Além disso, a safrinha vai bem em todas as regiões com chuvas”, diz Brandalizze.

Já no mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou mais altas do que baixas. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações apenas em Brasília/DF. Por outro lado, as valorizações foram identificadas em Palma Sola/SC, Amambai/MS, Itapetininga/SP e Campinas/SP.

Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira

De acordo com a análise da Agrifatto Consultoria, “a saca do milho em Campinas/SP salta para R$101,00/sc com demanda ativa para o mercado interno e exportação”.

Mercado Externo

A Bolsa de Chicago (CBOT) também finalizou a quarta-feira somando flutuações negativas para os preços internacionais do milho futuro, que recuaram mais de 2%;

O vencimento março/22 foi cotado à US$ 7,35 com baixa de 19,50 pontos, o maio/22 valeu US$ 7,33 com desvalorização de 20,00 pontos, o julho/22 foi negociado por US$ 7,08 com perda de 17,75 pontos e o setembro/22 teve valor de US$ 6,62 com queda de 11,00 pontos.

Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última terça-feira (08), de 2,52% para o março/22, de 2,66% para o maio/22, de 2,48% para o julho/22 e de 1,63% para o setembro/22.

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho caíram para mínimos da sessão com a queda acentuada dos mercados de petróleo, já que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) elevou suas perspectivas para as exportações de milho dos EUA, enquanto a invasão da Rússia interrompeu os embarques do principal fornecedor global.

Traders disseram que o mercado ignorou o relatório WASDE de oferta e demanda, em parte porque o relatório não continha grandes surpresas. Em vez disso, o mercado está apenas começando a olhar adiante para quaisquer obstáculos que possam surgir para o plantio de grãos e oleaginosas dos Estados Unidos nesta primavera.

Em seu relatório, o USDA elevou a estimativa de produção mundial de milho de 1.205,35 para 1.206,14 bilhão de toneladas, mas reduziram os estoques finais de 302,22 para 300,97 milhões de toneladas. 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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