Milho recua na B3 com o dólar nesta 3ªfeira, mas portos seguem com bons níveis

Publicado em 13/12/2022 16:45
Chicago fecha o dia próxima da estabilidade

A terça-feira (13) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 87,78 e R$ 91,23. 

O vencimento janeiro/23 foi cotado à R$ 87,78 com queda de 0,35%, o março/23 valeu R$ 91,23 com perda de 0,25%, o maio/23 foi negociado por R$ 90,61 com baixa de 0,44% e o julho/23 teve valor de R$ 88,15 com desvalorização de 0,62%. 

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 foi influenciada pelo dólar, que em queda na maior parte do dia, tirou um pouco do folego do milho brasileiro que acaba sendo baseado na exportação. 

“Mesmo assim o mercado segue firme. São bons níveis na faixa de R$ 90,00 a R$ 92,00 nos portos e os fundamentos do milho lá fora seguem bons”, aponta Brandalizze. 

Já no mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou elevações neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorização apenas e Itapetininga/SP. Já as valorizações apareceram em Cascavel/PR, Palma Sola/SC, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Brasília/DF e Amambai/MS. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira 

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “o milho iniciou a semana firme nos R$ 86,00/sc no mercado físico de Campinas/SP, com os negócios reduzindo o ritmo no Brasil”. 

Mercado Externo 

Já a Bolsa de Chicago (CBOT) operou a maior parte desta terça-feira com os preços internacionais do milho futuro registrando movimentações altistas, mas encerrou as atividades praticamente estável. 

O vencimento dezembro/22 foi cotado à US$ 6,43 com alta de 2,50 pontos, o março/23 valeu US$ 6,53 com queda de 0,50 pontos, o maio/23 foi negociado por US$ 6,53 com perda de 0,50 pontos e o julho/23 teve valor de US$ 6,48 com estabilidade. 

Esses índices representaram ganho, com relação ao fechamento da última segunda-feira (12), de 0,31% para o dezembro/22, baixas de 0,15% para o março/23 e de 0,15% para o maio/23, além de estabilidade para o julho/23. 

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de soja, trigo e milho dos Estados Unidos subiram na terça-feira, com a compra especulativa alimentando os ganhos nos mercados que os traders consideraram como sobrevendidos após quedas recentes. 

A publicação ainda indica que, a notícia de que o porto ucraniano de Odesa suspendeu as operações no domingo, depois que os ataques russos ao abastecimento de energia voltaram a chamar a atenção para os riscos dos embarques de grãos durante a guerra, mesmo que o porto tenha retomado a atividade na segunda-feira. 

“Embora a Odesa esteja operando novamente, ainda existe a preocupação de que o porto não alcance as operações completas rapidamente”, disse à Reuters, Matt Ammermann, gerente de risco de commodities da StoneX. 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Colheita, dólar e Chicago pressionam e milho acumula perdas semanais na B3
Colheita deve pressionar milho no Brasil, mas clima dos EUA pode trazer boas oportunidades de venda
Colheita do milho safrinha está adiantada em Ipiranga do Norte (MT), segundo presidente do Sindicato Rural
Milho abre a sexta-feira estendendo as perdas na B3
Milho recua na B3 em quinta-feira de mercado técnico