Mercado travado pressiona e milho recua na B3 nesta terça-feira
A terça-feira (23) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro praticamente estáveis na Bolsa de Chicago (CBOT), mas ainda registrando pequenos avanços no campo positivo.
Segundo a análise da Agrinvest, os futuros de milho e de soja atuaram da maneira lateral na CBOT com o mercado reduzindo a liquidez em véspera de feriados.
“Do lado da demanda, a china segue comprando, mas com mudanças na estratégia, distribuindo os embarques de soja ao longo dos próximos meses. As aquisições se estendem até março e já surgem sinais pontuais para a nova safra”, apontam os analistas.
O site internacional Farm Futures acrescenta que os contratos futuros de milho estenderam a alta pré-feriado da semana passada, com a dinâmica otimista da demanda e a retomada da força da soja e do trigo mantendo a demanda abaixo do mercado, mesmo com a atividade de negociação cada vez mais reduzida.
“Em uma perspectiva mais ampla, no entanto, os contratos futuros de março subiram apenas ligeiramente acima do ponto médio da faixa de negociação dos últimos dois meses. Resta saber se o mercado tem impulso suficiente para testar seriamente a marca de US$ 4,50 antes do Natal. As condições climáticas na América do Sul permanecem predominantemente desfavoráveis”, avalia Bruce Blythe, analista da Farm Futures.
O vencimento março/26 foi cotado a US$ 4,47 com alta de 0,50 ponto, o maio/26 valeu US$ 4,55 com valorização de 1 ponto, o julho/26 foi negociado por US$ 4,61 com ganho de 1 ponto e o setembro/26 teve valor de US$ 4,54 com elevação de 1 ponto.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última segunda-feira (22), de 0,11% para o março/26 e de 0,22% para maio/26, para o julho/26 e para o setembro/26.
Mercado Interno
Na Bolsa Brasileira (B3), os preços futuros do milho finalizaram as atividades desta terça-feira registrando movimentações negativas.
De acordo com os analistas da Agrinvest, com um dólar mais fraco, os futuros do milho também acabaram perdendo a força e caindo moderadamente.
“O mercado parece travado, operando basicamente por entregas pontuais de contratos”, pontua a consultoria.
“Do lado da demanda, o varejo ficou fora do mercado e deve retornar apenas no início do próximo ano. O produtor, por ora, segue em compasso de espera”, acrescentam os analistas da Agrinvest.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
O vencimento janeiro/26 foi cotado a R$ 70,83 com queda de 0,24%, o março/26 valeu R$ 74,84 com perda de 0,35%, o maio/26 foi negociado por R$ 7420 com baixa de 0,27% e o julho/26 teve valor de R$ 70,70 com desvalorização de 0,51%.
No mercado físico brasileiro o preço da saca de milho teve pouca alteração neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorização somente na praça de Castro/PR.