Incertezas no mercado financeiro pressionam futuros da soja na CBOT

Publicado em 01/03/2013 19:06
Nesta sexta-feira (01), os futuros da soja fecharam o pregão do lado negativo da tabela, com perdas pouco significativas entre 3,75 e 9,75. A commodity chegou a operar com dois dígitos de queda, mas diminuiu as perdas ao longo das negociações. O mercado internacional de grãos realizou lucros, após ter encerrado a sessão anterior em alta.

De acordo com o analista de mercado da Novo Rumo Corretora, Mário Mariano, explica que as notícias negativas vindas do mercado financeiro internacional exerceram pressão negativa nos preços futuros em Chicago.  Informações sobre desemprego recorde em países da Zona do Euro, principalmente, na Itália, associados com números menores do PIB, fizeram com que os fundos liquidassem suas posições. 

Outra variável que contribuiu para influenciar as cotações foram as projeções para a safra 2012/13 da América do Sul divulgadas pela consultoria norte-americana Informa Economics, nesta sexta-feira. Segundo as estimativas, a produção de soja brasileira deverá somar 84,5 milhões de toneladas, enquanto, que a argentina 51 milhões de toneladas. 

Por outro lado, as perdas nas cotações futuras foram amenizadas com notícias de vendas de soja dos EUA, que possui baixos estoques, para a China. Hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou a venda de 120 mil toneladas de soja em grão para a nação asiática. O volume deverá ser entregue na temporada 2013/14. Essa situação demonstra que a demanda pelo grão permanece firme e não dá sinais de retração. 

Devido ao caos logístico no Brasil, os países compradores têm preferido adquirir soja norte-americana para se proteger dos atrasos nos embarques, segundo afirmam analistas. “O transporte no Brasil está muito caro, o que tem prejudicado a margem de lucros dos agricultores. A tendência é que os preços baixem apenas entre os meses de abril e maio quando boa parte da safra já terá sido escoada”, afirma. 

Além disso, nos Estados Unidos cerca de 54% das áreas de plantio de grãos ainda estão secas, fato que segundo Mariano também teria contribuído diminuir as quedas nos preços em Chicago. “No entanto, a expectativa é que o clima seja mais úmido no início do plantio norte-americano”, acredita o analista. 

Confira como ficaram as cotações dos grãos no fechamento desta sexta-feira:



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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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