Soja fecha em alta, após a volta dos compradores ao mercado

Publicado em 20/03/2013 18:22 e atualizado em 20/03/2013 20:07
Após seis pregões consecutivos de perdas, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a sessão desta quarta-feira (20) do lado positivo da tabela. As principais posições encerraram o dia com ganhos entre 7,00 e 13,00 pontos. O contrato maio/13, referência para a safra brasileira, se manteve acima de do patamar de US$ 14/bushel, e terminou o dia negociado a UUS$ 14,19/bushel.

Segundo o consultor da Agrosecurity Consultoria, Fernando Pimentel, depois da realização de lucros registrada nos últimos pregões, os preços encontraram um piso, o que fez com que os compradores retornassem ao mercado. A demanda, principalmente, a chinesa permanece aquecida, mesmo diante dos baixos estoques de soja dos Estados Unidos.

Do mesmo modo, a maior estabilidade do mercado financeiro internacional contribuiu para dar suporte aos preços em Chicago. A informação de que os estoques chineses de soja estão em níveis mais baixos, divulgada pela consultoria alemã, Oil World, também exerceu pressão positiva nas cotações futuras do grão.

“Os fundamentos não mudaram tanto permanecem parecidos com os do início do mês de fevereiro. A Bolsa de Chicago teve esse momento de volatilidade, mas já cansou de cair e o mercado se estabiliza um pouco”, ratifica o consultor.

Por outro lado, o mercado internacional de grãos ainda observa os problemas logísticos no Brasil que atrasam a entrada efetiva da safra 2012/13 no mercado. A fila de navios nos portos é grande, na manhã de hoje (20), cerca de 73 navios aguardavam para carregar, porém apenas 4 deles possuíam carga completa e estariam aptos a embarcar. Além disso, o ritmo de chuvas tem prejudicado as operações, especialmente, os embarques pelo Porto de Paranaguá.

Essa situação tem refletido nos prêmios nos portos do país, e consequentemente compromete a rentabilidade dos produtores rurais. “Os prêmios negativos é um sinal ruim e mostra todo o grau de complexidade e incerteza que o caos logístico gera tanto para quem vende quanto par quem compra. Não há uma solução para esse cenário em curto prazo, e o pico da crise logística será no mês de abril”, diz Pimentel.

Confira ainda como ficaram as cotações dos grãos no fechamento desta quarta-feira:

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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