Grãos fecham com forte queda frente ao recuo do petróleo e mau humor do mercado financeiro

Publicado em 12/04/2011 16:22 e atualizado em 12/04/2011 17:06
Os futuros dos grãos negociados na Bolsa de Chicago encerraram a terça-feira com uma forte baixa. O recuo foi resultado de uma intensa realização de lucros e de uma combinação de fatores externos em relação ao mercado de commodities agrícolas.

O mercado combinou o expressivo declínio do petróleo, a preocupação com a crise nuclear no Japão e a redução da expectativa de crescimento da economia mundial pelo FMI. Estas informações fizeram com que a percepção aversiva ao risco por parte dos investidores aumentasse, pressionando as cotações.

Paralelamente, declarações do banco Goldman Sachs referentes à preocupação com as posições de curto prazo compradas em commodities, especialmente petróleo, atuaram como catalisadores para as baixas de hoje.

"Com posições lucrativas e o teste de resistências técnicas, os players não comerciais optaram por realizar lucros, o que atingiu mais o milho e o trigo. especificamente", explica o analista de mercado, Ricardo Lorenzet, da XP Investimentos.

O analista explica ainda que a soja sofre mais com o quadro fundamental sinalizando uma demanda desaquecida e a grande safra na América do Sul.

Nesta terça-feira, a consultoria alemã Oil World aumentou suas estimativas para a safra de soja do Brasil para 72 milhões de toneladas e a da Argentina para 49 milhões de toneladas.

"O mercado todo está muito altista, e isto não é bom, ele esticou muito - especialmente o milho, que arrastou todas. Por isso, quando a ordem é liquidar, seja por qual for o motivo, os fundos mostram o poder que tem. O clima é de muita incerteza", completou Lorenzet.

Veja como ficaram as cotações dos grãos no fechamento da Bolsa de Chicago:

>> SOJA

>> MILHO


>> TRIGO

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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