Depois do USDA, milho fecha com forte alta e puxa soja
No caso da oleaginosa, os números do departamento pouco influenciaram no andamento das cotações no pregão de hoje, uma vez que a redução reportada nos estoques finais norte-americanos da safra 11/12 foi neutralizada pelo aumento nas estimativas para as reservas do ciclo 2010/11.
A soja não conta com fundamentos próprios para avançar em Chicago. Segundo o analista Vinícius Ito, da Newedge Corretora, o principal foco do mercado agora é a previsão climática nos Estados Unidos. "O que o USDA divulgou hoje foi uma foto do que viu lá atrás, e o mercado quer ver o que vem pela frente", disse.
Ito explica que há um anel de pressão sobre o cinturão de produção norte-americano que impede a passagem das chuvas, efeito climático que acaba deixando o clima mais quente e seco na região, que poderiam comprometer as lavouras dos EUA.
Focado nessas previsões para o clima norte-americano e nas altas do mercados vizinhos, a soja recuperou as perdas registradas ao longo do dia e fechou a terça-feira com significativas altas. Os vencimentos novembro/11 e janeiro/12 encerraram o dia avançando mais de 10 pontos.
Já no caso do milho, as estimativas do USDA parecem ter tido um impacto mais significativo. O órgão divulgou um aumento nos estoques finais do cereal para a safra 11/12 (22,10 milhões de toneladas), porém os números ficaram bem abaixo das expectativas do mercado (25,731 milhões de toneladas).
O departamento ainda divulgou um leve aumento nos números sobre o consumo do milho e um incremento na relação oferta x demanda, o que também serviu como um trampolim para os preços nesta terça-feira.
Além disso, assim como para o mercado da soja, a atenção sobre o mercado climático também permanece no mercado do milho. As lavouras norte-americanas do cereal estão em fase decisiva para a produtividade e condições climáticas como as que estão previstas para as próximas duas semanas poderiam comprometer a safra dos EUA.
Com estoques norte-americanos abaixo do esperado pelo mercado e previsão de clima adverso nos EUA, por volta das 15h (horário de Brasília), os principais vencimentos registraram altas de quase 30 pontos.
Veja no link abaixo a entrevista com o analista Vinícius Ito:
>> Vinícius Ito - Newedge Corretora
Confira como ficaram as cotações dos grãos no fechamento da Bolsa de Chicago: