Com forte volatilidade, soja fecha no misto e milho em baixa
A soja encerrou o dia com leves altas depois de registrar altas de mais de 10 pontos por volta das 11h50 (horário de Brasília). Depois disso, as cotações exibiram um leve recuo, mas, em seguida, retomaram o fôlego, voltaram ao campo positivo, e fecharam próximos da estabilidade com ganhos de pouco mais de 3 pontos e apenas o primeiro vencimento com uma leve queda de 1 ponto.
Além dos problemas com o clima nos Estados Unidos que, apesar das novas chuvas previstas, ainda pode prejudicar a produtividade das lavouras norte-americanas, novas vendas de soja para a China também impulsionaram o mercado.
Nesta quarta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou a venda de 220 mil toneladas da oleaginosa para a nação asiática, com entrega na temporada 2011/12.
No mercado vizinho, o milho sucumbiu às informações de melhora climática no Corn Belt norte-americano e fechou o dia em baixa, com o contrato setembro/11 perdendo 10 pontos.
De acordo com analistas, esse recuo dos preços também refletiu a fraqueza dos preços no mercado físico, já que os consumidores finais acabam reduzindo os prêmios injetados caso se confirme uma melhora no clima do país.
Por outro lado, o trigo fechou a quarta-feira em alta frente a "negociações de arbitragem" com o mercado, de acordo com analistas. Há ainda especulações de que a baixa do dólar index promova um aquecimento da demanda pelo grão norte-americano, o que também é um fator de suporte para o mercado.
Além disso, no caso do trigo, o cenário climático na Europa também é sinônimo de preocupação e fundamento positivo para as cotações. As chuvas excessivas em importantes regiões produtoras da Europa já traz atraso à colheita do grão e provoca uma diminuição da qualidade do trigo desses países.
"Se as chuvas persistirem será uma coisa ruim para os estoques globais de trigo. Já o dólar index em baixa é, inegavelmente, uma coisa muito positiva para o mercado", disse Jason Britt, presidente da corretora Central States Commmodities.
Veja como ficaram as cotações no fechamento da Bolsa de Chicago: